terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Construção - Chico Buarque

A morte


Aquela aqui tão próxima...
que vemos sem querer,
que sentimos sem saber explicar
que nos é oferecida com garantia.

Conjugada com momentos
com os limites bem definidos
que pintamos de várias cores
e saturamos sem cuidado.

Aquela que nos traz a saudade
quando não somos o actor principal.

Pedro Barreiros | 2014

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

VIVER

Os cinco sentidos fazem-nos sobreviver.
- O sexto, faz-nos perceber!
- Só o sétimo nos faz Viver!

Olímpio A. Alegre Pinto
Sem Tempo.

sábado, 25 de janeiro de 2014

Amarações


(Obrigada Elza. Fiquei feliz!)

SÓ... !!!

- Quando tiveres incendiado a última árvore!...
- Quando tiveres envenenado o último rio!...
- Quando tiveres assassinado o último animal!...
- Quando estiveres à boca do suicídio!...
- Só então!!!
- Entenderás que o dinheiro não serve para comer!

(Escrito numa vala, em Múrcia - (modificado))

O.A.A.P.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

domingo, 19 de janeiro de 2014

sábado, 18 de janeiro de 2014

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Improviso para explicar por que, muitas vezes, sinto que as escolas têm professores a mais...

Mais do que tudo
é a maldade que me dói
entendo a humanidade
na ignorância
na estupidez
na ambição
na hipocrisia
entendo a humanidade
na loucura
em todas as suas formas
entendo até
a cobardia
a fraqueza
a inveja
e a vaidade
mas mais do que tudo
é a maldade que me dói
essa vontade selvagem
de matar os outros pelas costas
impunemente.

Ademar

SPO...



Quase me ensinavas
a não ser mãe
dos meus alunos
mas o suicídio
do menino
que fingias acompanhar
(sem coração)
preenchendo todos os papeis
a que a lei te obrigava...
Há pais que confiam
os filhos à escola
porque não sabem
que por lá
há pessoas como tu!

Maria José Meireles

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Amanha é sempre longe demais - Rádio Macau

Quero um castigo que não me penalize.

David Meireles

domingo, 12 de janeiro de 2014

Jabuticabeiras

Tão Cedo Passa Tudo quanto Passa

Tão cedo passa tudo quanto passa!
Morre tão jovem ante os deuses quanto
Morre! Tudo é tão pouco!
Nada se sabe, tudo se imagina.
Circunda-te de rosas, ama, bebe
E cala. O mais é nada.

Ricardo Reis, in "Odes"
Heterónimo de Fernando Pessoa

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Desejos para Ano 2014



Não te posso dar os presentes que os Magos trouxeram ao menino,

Antes  Desejo-te tempo
Não te desejo todos os bens do mundo,
Apenas te desejo aquilo de que gosto mais:
Desejo-te tempo - para sorrires, para rires.
Usa-o bem – podes vir a conseguir.

Desejo-te tempo para ações e pensamentos,
Não só para ti, mas também para os outros.
Desejo-te tempo, não para pressas e correrias,
Mas para te instalares, aí, onde pertences acima de tudo.

Desejo-te tempo, não para esbanjares,
Mas para teres e conservares, deixando algum de sobra
Para te emocionares perante a vida, para confiares no seu curso,
Em vez de seguires o ritmo inflexível das horas.

Desejo-te tempo para alcançares as estrelas
E tempo para cresceres, para seres quem és.
Desejo-te tempo para esperanças novas, para amares de novo.
Pois não adianta deixar esse tempo para depois.

Desejo-te tempo
para te encontrares,
Para encher cada dia,
cada hora, de alegria.
Desejo-te tempo para
esqueceres o que precisas.
Desejo-te: tempo para viveres!
Poema de Elli Michler

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Pensamento do dia...

A tua beleza, aquece-me!

Maria José Meireles

sábado, 4 de janeiro de 2014

Sem abrigo...


Um vento
muito forte
levou-me
o telhado da casa
mas ninguém veio acudir
a casa acabou por ruir
e agora sou sem abrigo.

Maria José Meireles

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

LUA ADVERSA

Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.

Fases que vão e vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.

E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...

Cecília Meireles

Caetano Veloso, Maria Gadú - Odara


Velha Infância-Tribalistas