Baralhas
os "canais"
renovas
as ruas
as cruzes
são agora santas
o teu primeiro amor
tinha muita personalidade...
fazes-me sala
alegras-te ainda
e eu vejo a desordem
dos pensamentos
que queres dominar.
Maria José Meireles
segunda-feira, 30 de janeiro de 2017
domingo, 29 de janeiro de 2017
Testamento apócrifo de Alexandre Magno, rei da Macedónia …
De Aristóteles aprendi
que a natureza de cada um
é a sua máxima autoridade
e por isso a minha ambição
não se deteve diante de nenhuma fronteira
a eternidade que escutei em cada batalha
foi a única medida da razão
que a mim próprio me impus
persegui apenas um sonho
e a esse sonho sacrifiquei tudo e todos
menos a vaidade da grandeza que me prometera
não poupei traições nem desconfianças
mas fui magnânimo
com todos os cronistas de aquém e de além-mar
e os vencidos que se ofereceram à vassalagem
em troca do perdão
não vacilei diante dos inimigos
nem temi confrontos desiguais
e aceitei o preço mais alto da solidão
porque esse é o destino impartilhável
dos inventores de futuro
o poder construí-o sobre o mito da invencibilidade
e nem na morte abdiquei dele
digo
de mim
herança intransmissível
para que ninguém o diminuísse
o meu sonho teria que morrer comigo.
Ademar
que a natureza de cada um
é a sua máxima autoridade
e por isso a minha ambição
não se deteve diante de nenhuma fronteira
a eternidade que escutei em cada batalha
foi a única medida da razão
que a mim próprio me impus
persegui apenas um sonho
e a esse sonho sacrifiquei tudo e todos
menos a vaidade da grandeza que me prometera
não poupei traições nem desconfianças
mas fui magnânimo
com todos os cronistas de aquém e de além-mar
e os vencidos que se ofereceram à vassalagem
em troca do perdão
não vacilei diante dos inimigos
nem temi confrontos desiguais
e aceitei o preço mais alto da solidão
porque esse é o destino impartilhável
dos inventores de futuro
o poder construí-o sobre o mito da invencibilidade
e nem na morte abdiquei dele
digo
de mim
herança intransmissível
para que ninguém o diminuísse
o meu sonho teria que morrer comigo.
Ademar
quinta-feira, 26 de janeiro de 2017
FRAGMENTO DA ÚLTIMA CARTA DE EINSTEIN À SUA FILHA LIESERL
O AMOR…
Quando propus a teoria da relatividade, muito poucos me entenderam, e o que lhe revelarei agora para que o transmita à humanidade, também se chocará contra a incompreensão e os preconceitos do mundo.
Peço-lhe mesmo assim, que o guarde o tempo todo que seja necessário, anos, décadas, até que a sociedade haja avançado o suficiente para acolher o que lhe explico a seguir.
Existe uma força extremamente poderosa para a qual a ciência não encontrou ainda uma explicação formal.
É uma força que inclui e governa todas as outras, e que está inclusa dentro de qualquer fenômeno que atua no universo e que ainda não foi identificada por nós.
Esta força universal é o Amor.
Quando os cientistas buscam uma teoria unificada do universo, esquecem da mais invisível e poderosa das forças.
O amor é luz, já que ilumina quem o dá e o recebe.
O amor é gravidade porque faz com que umas pessoas sejam atraídas por outras.
O amor é potencia, porque multiplica o melhor que temos e permite que a humanidade não se extinga no seu egoísmo cego.
O amor revela e desvela. Por amor se vive e se morre.
Esta força explica tudo e dá sentido em maiúscula à vida.
Esta é a variável que temos evitado durante tempo demais, talvez porque o amor nos dá medo, já que é a única energia do universo que o ser humano não aprendeu a manobrar segundo seu bel prazer.
Para dar visibilidade ao amor, fiz uma simples substituição na minha mais célebre equação. Se no lugar de E=mc² aceitamos que a energia necessária para sanar o mundo pode ser obtida através do amor multiplicado pela velocidade da luz ao quadrado, chegaremos à conclusão de que o amor é a força mais poderosa que existe, porque não tem limite.
Após o fracasso da humanidade no uso e controle das outras forças do universo que se voltaram contra nós, é urgente que nos alimentemos de outro tipo de energia.
Se quisermos que nossa espécie sobreviva, se nos propusermos encontrar um sentido à vida, se desejarmos salvar o mundo e que cada ser sinta que nele habita, o amor é a única e última resposta.
Talvez ainda não estejamos preparados para fabricar uma bomba de amor, um artefato bastante potente para destruir todo o ódio, o egoísmo e a avareza que assolam o planeta.
Porém, cada individuo leva no seu Interior , um pequeno mas poderoso gerador de amor cuja energia espera ser liberada.
Quando aprendermos a dar e receber esta energia universal, querida Lieserl, comprovaremos que o amor tudo vence, tudo transcende e tudo pode, porque o amor é a quintessência da vida.
Lamento profundamente não ter sabido expressar o que abriga meu coração, que há batido silenciosamente por você toda minha vida.
Talvez seja tarde demais para pedir-lhe perdão, mas como o tempo é relativo, preciso dizer-lhe que a amo e que graças a você, cheguei à ultima resposta.
Seu pai,
Albert Einstein
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Raquel
segunda-feira, 23 de janeiro de 2017
quarta-feira, 18 de janeiro de 2017
terça-feira, 17 de janeiro de 2017
segunda-feira, 16 de janeiro de 2017
Pedido quase desesperado de ajuda…
"Começou hoje a doer-me a alma. Entrei em pânico, porque não tenho antecedentes, nem sei se isto se trata ou tem cura. Fui às páginas amarelas; procurei por urgências, genéricos, cuidados intensivos, clínicas de dia e de noite… Nada. Fiz uma busca no google. Em vão. Liguei para as avarias. Recomendaram-me o 112. Liguei para o 112. Recomendaram-me as avarias. Consultei três psicólogas amigas. Julguei, pelo menos, que serviam para isto, para aliviar a alma da gente, quando dói. Brincaram. Todos os racionais (garantiram) sofrem, de vez em quando, da alma. Alguns, mesmo, (acrescentaram) toda a vida, incluindo a infância. Quero lá saber: o mal dos outros nunca me prestou conforto. É agora que me dói a alma, a mim, não à humanidade. Que farei com a consciência inesperada desta patologia?…
O meu maior problema nem é que a alma me doa. São, apenas, 21 gramas de sofrimento. É ignorar a causa. Tem que haver uma e eu não sei qual é. Temo ser eu. Daí talvez o pânico…"
Ademar
29.12.2004
recuperado de abnoxio.blogs.sapo.pt
29.12.2004
recuperado de abnoxio.blogs.sapo.pt
domingo, 15 de janeiro de 2017
Corpo inteiro...
Sim
a alma cabe-me no corpo
21 gramas de essência
capaz de mover
o peso
de tantos séculos
de ignorância.
Maria José Meireles
a alma cabe-me no corpo
21 gramas de essência
capaz de mover
o peso
de tantos séculos
de ignorância.
Maria José Meireles
sábado, 14 de janeiro de 2017
sexta-feira, 13 de janeiro de 2017
quarta-feira, 11 de janeiro de 2017
Abraço...
A tua vontade
feita à minha medida
é do tamanho
de todos os sonhos
(im)possíveis.
Maria José Meireles
segunda-feira, 9 de janeiro de 2017
Improviso sobre Ute Lemper…
esse regresso
palavras que já mal acertam
o mapa do corpo distraído
o coração que bate ainda mais depressa
quando a noite demora
e o sangue fermenta
na fonte da vida
como se o tempo o engravidasse
de asas ainda voadoras
tantas esquinas
tantas portas e janelas por abrir
tantos buracos negros
em que se perde a dimensão
do desejo adormecido
brincas agora com um nome
que decompões devagar
e juntas partículas
sobre as teclas de um piano
quatro mãos
todo um território.
Ademar
domingo, 8 de janeiro de 2017
Improviso quase perfeito…
Muitas palavras
Quase todas as frases
começam por
se
certo certo certo
só mesmo o que escreveste
nesse diário
que nunca ninguém lerá
as palavras que afogam
no teu silêncio antigo.
Ademar
Quase todas as frases
começam por
se
certo certo certo
só mesmo o que escreveste
nesse diário
que nunca ninguém lerá
as palavras que afogam
no teu silêncio antigo.
Ademar
domingo, 1 de janeiro de 2017
Paz...
Hoje
quero
deitar a minha cabeça
no teu colo
peço que
a afagues
com as tuas mãos
divinas.
Ensina-me
uma oração
que cure as dores da alma
e dá-me
somente um pouco
da tua paz
que não a quero toda.
Música: Elza Seixas
Poema: Maria José Meireles
Etiquetas:
Elza Seixas,
Poemas para quem gosta
Antologia poética (374)…
Improviso por Scheherazade...
Não me obrigues
todas as noites
a recontar a mesma estória
corta-me a cabeça
ou finalmente
deixa-me repousá-la em paz
no teu colo.
Ademar
Não me obrigues
todas as noites
a recontar a mesma estória
corta-me a cabeça
ou finalmente
deixa-me repousá-la em paz
no teu colo.
Ademar
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