terça-feira, 31 de março de 2020
O antes e o depois...
O antes e o depois
Forma um conjunto de dois
Que ora temos pela frente.
Nunca houve nada assim
É um momento tão ruim
Nada como antigamente.
Trazem-nos o alimento
Para o nosso sustento
Com afeição, orgulhosos.
Mas...
Pousam-no fora da porta
Com amor, também importa
Assim era cos leprosos.
Contudo, sou felizardo
Para aliviar meu fardo
Da depressão actual
Dou voltas e contra-voltas
Bastante largas e soltas
Ao redor do meu quintal.
Faço-o no dia-a-dia
Sob o sol que m' alumia
Como quem anda à procura
De, no novo amanhecer
Alguma saúde ter
Para evitar a loucura.
Antes:
Cada dia que passava
Seis quilómetros andava
Sem esforço, com prazer
Agora:
Por força da circunstância
Pois, toda essa distância
Não mais irei percorrer.
Em casa:
Olho prás minhas plantas
São várias, não sei quantas
Escuto os passarinhos
Entendam estas verdades
Sinto imensas saudades
Dos abraços e beijinhos
Que minha filha e meus netos
Meus amores muito diletos
Primavam em nos trazer
E que agora, vejam só
Embora com muito dó
Não pode acontecer.
Quando muito, à distância
Atenta a importância
Do perigo que corremos.
E, no momento actual
O recurso ao virtual
É o melhor que faremos.
Um abraço fraternal
Para todos igual
Embora dado à distância
Unir-mo-nos nesta dor
Tem redobrado valor
E infinita importância.
Carmindo Ramos
Forma um conjunto de dois
Que ora temos pela frente.
Nunca houve nada assim
É um momento tão ruim
Nada como antigamente.
Trazem-nos o alimento
Para o nosso sustento
Com afeição, orgulhosos.
Mas...
Pousam-no fora da porta
Com amor, também importa
Assim era cos leprosos.
Contudo, sou felizardo
Para aliviar meu fardo
Da depressão actual
Dou voltas e contra-voltas
Bastante largas e soltas
Ao redor do meu quintal.
Faço-o no dia-a-dia
Sob o sol que m' alumia
Como quem anda à procura
De, no novo amanhecer
Alguma saúde ter
Para evitar a loucura.
Antes:
Cada dia que passava
Seis quilómetros andava
Sem esforço, com prazer
Agora:
Por força da circunstância
Pois, toda essa distância
Não mais irei percorrer.
Em casa:
Olho prás minhas plantas
São várias, não sei quantas
Escuto os passarinhos
Entendam estas verdades
Sinto imensas saudades
Dos abraços e beijinhos
Que minha filha e meus netos
Meus amores muito diletos
Primavam em nos trazer
E que agora, vejam só
Embora com muito dó
Não pode acontecer.
Quando muito, à distância
Atenta a importância
Do perigo que corremos.
E, no momento actual
O recurso ao virtual
É o melhor que faremos.
Um abraço fraternal
Para todos igual
Embora dado à distância
Unir-mo-nos nesta dor
Tem redobrado valor
E infinita importância.
Carmindo Ramos
O Gaticultor
Detesto que os adultos me perguntem
"O que é que queres ser?"
Detesto que me falem lá do alto
Tão alto
Que mal os consigo ver
"O que é que queres ser?"
Detesto que me falem lá do alto
Tão alto
Que mal os consigo ver
Com o meu porte altivo
Ignoro a curiosidade
De quem nada tem para fazer
Prefiro ficar introspetivo
Enquanto o campo cultivo
Pois é hoje meu afazer
Rasgo o ventre da terra
Com minhas garras desnudas
Planto as alfaces na Quinta da Serra
Desejando que cresçam bem bojudas
Os tomates já pintam
Rego-os mais uma vez
Mas tão árduas tarefas despertam
Mais uma soneca talvez
Então agora
De fininho vou embora
Deixo os adultos intrigados
Ainda mais desvairados
Pois só eu sei
O que naquele campo passei.
Ana Paula Vaz Serra (21/03/ 2020)
Ignoro a curiosidade
De quem nada tem para fazer
Prefiro ficar introspetivo
Enquanto o campo cultivo
Pois é hoje meu afazer
Rasgo o ventre da terra
Com minhas garras desnudas
Planto as alfaces na Quinta da Serra
Desejando que cresçam bem bojudas
Os tomates já pintam
Rego-os mais uma vez
Mas tão árduas tarefas despertam
Mais uma soneca talvez
Então agora
De fininho vou embora
Deixo os adultos intrigados
Ainda mais desvairados
Pois só eu sei
O que naquele campo passei.
Ana Paula Vaz Serra (21/03/ 2020)
segunda-feira, 30 de março de 2020
Letra proibida!
Os meus alunos são
Seres em formação
A eles estou sempre atenta
Na sala de aula nada me apoquenta.
Lá está a Helena
Com o braço acena
Sempre pronta a responder
Gosta mesmo de aprender
O Pedro quase não se nota
A sabedoria dele brota
Mas quando abre a boca
Largam todos a fofoca
A doce Lara é trabalhadora
Bastante atenta e encantadora
Responsável não há melhor
Nem parece uma menor.
Seres em formação
A eles estou sempre atenta
Na sala de aula nada me apoquenta.
Lá está a Helena
Com o braço acena
Sempre pronta a responder
Gosta mesmo de aprender
O Pedro quase não se nota
A sabedoria dele brota
Mas quando abre a boca
Largam todos a fofoca
A doce Lara é trabalhadora
Bastante atenta e encantadora
Responsável não há melhor
Nem parece uma menor.
Ana Paula Vaz Serra (21/03/2020)
domingo, 29 de março de 2020
Cinco e gira!
Mistério
Fui atraída para o pântano
Numa noite escura de solidão
Persegui aquele silêncio deveras espartano
Não tive medo, nem religião
Sem crença na vida, prossegui
Foi a morte que descobri
Vultos imprecisos deambulavam sem passos
Sem quaisquer reações, ou embaraços
Ali estava eu, sem nada compreender
Vem lá o diabo esclarecer
Almas mortas em corpos vivos
Na boca têm adesivos.
Ana Paula Vaz Serra (21/03/2020)
Fui atraída para o pântano
Numa noite escura de solidão
Persegui aquele silêncio deveras espartano
Não tive medo, nem religião
Sem crença na vida, prossegui
Foi a morte que descobri
Vultos imprecisos deambulavam sem passos
Sem quaisquer reações, ou embaraços
Ali estava eu, sem nada compreender
Vem lá o diabo esclarecer
Almas mortas em corpos vivos
Na boca têm adesivos.
Ana Paula Vaz Serra (21/03/2020)
sábado, 28 de março de 2020
Caixa de Palavras
Com alegria
Deixei a minha casa
Para cumprir uma fantasia
E esquecer o papel de dona-de-casa.
Entrei no Expresso do Oriente
A uma hora bem conveniente
Descalcei os sapatos
Instalei-me sem espalhafatos
Peguei num papel
E desenhei com um pincel
A magia que me esperava
Nesta viagem de sonho
Que há muito ambicionava
Aguardando futuro mais risonho.
Ana Paula Vaz Serra (21/03/2020)
Deixei a minha casa
Para cumprir uma fantasia
E esquecer o papel de dona-de-casa.
Entrei no Expresso do Oriente
A uma hora bem conveniente
Descalcei os sapatos
Instalei-me sem espalhafatos
Peguei num papel
E desenhei com um pincel
A magia que me esperava
Nesta viagem de sonho
Que há muito ambicionava
Aguardando futuro mais risonho.
Ana Paula Vaz Serra (21/03/2020)
sexta-feira, 27 de março de 2020
O lago
lago amigo
que vives isolado
numa vasta dimensão
no meio da natureza
em comunhão com a beleza.
Não te sentes isolado
os teus contornos
desenham formas originais
inspiradoras e bem reais.
O teu silêncio ecoa
gritos imperiais
dignos e capazes
de inspirar os piores capatazes
a mudarem seus rituais desumanos
e encobrirem os danos
das mortes desleais;
deveras fatais.
A tua cor é inspiradora
reflete o azul do céu
e liberta-nos do véu
e da sociedade castradora.
Ana Paula Vaz Serra (14/03/ 2020)
que vives isolado
numa vasta dimensão
no meio da natureza
em comunhão com a beleza.
Não te sentes isolado
os teus contornos
desenham formas originais
inspiradoras e bem reais.
O teu silêncio ecoa
gritos imperiais
dignos e capazes
de inspirar os piores capatazes
a mudarem seus rituais desumanos
e encobrirem os danos
das mortes desleais;
deveras fatais.
A tua cor é inspiradora
reflete o azul do céu
e liberta-nos do véu
e da sociedade castradora.
Ana Paula Vaz Serra (14/03/ 2020)
quinta-feira, 26 de março de 2020
Jogo dos poemas ladrões
Isto de fazer poesia
Como qualquer outro
Como quem constrói um muro
Com o suor do seu rosto
É carolice
Não sou poeta
Porque me falta a simplicidade divina
Que triste não saber florir!
E construir versos
Sob o arco da aliança
Mas se como uma dádiva
Olho-me e comovo-me
O nobre doido que julgais
E vereis o universo
Da poesia
Nas palavras.
Ana Paula Vaz Serra (14/ 03/ 2020)
Como qualquer outro
Como quem constrói um muro
Com o suor do seu rosto
É carolice
Não sou poeta
Porque me falta a simplicidade divina
Que triste não saber florir!
E construir versos
Sob o arco da aliança
Mas se como uma dádiva
Olho-me e comovo-me
O nobre doido que julgais
E vereis o universo
Da poesia
Nas palavras.
Ana Paula Vaz Serra (14/ 03/ 2020)
quarta-feira, 25 de março de 2020
Acrósticos
Passava por mim uma multidão
O seu olhar era vazio e distante
Esboçava expressões indiferentes
Sem surpresa; tristemente sorri
Insatisfeita a minha alma
Ainda aguardava pelo voo da TAP
Passeava eu nos corredores da minha mente
E senti uma fria sensação no abdómen
Nem acreditei… senti, por alguns segundos,
Sabores frescos de menta
Amigos que verdadeiramente amam
Mais do que qualquer ser humano sente
Entram naquele local dois Epagneul Breton
Nem queria acreditar… um verdadeiro ballet
Tanta saudade dos cães que amo
Os meus maiores amigos: Jacob e Fiel.
Libertaram-nos das trelas… eu corri
Imbuída de tanta felicidade abracei Jacob
Belo animal, ainda bebé
Embora, o seu pai, Fiel, sem rosnar
Rodeou-nos com a dança de Hollywood
Dando à cauda e espalhando magia
Amor por quanta saudade pela estada em Stratford
Depois da época de caça envolvente
E que finalmente terminou.
Ana Paula Vaz Serra (14/03/2020)
O seu olhar era vazio e distante
Esboçava expressões indiferentes
Sem surpresa; tristemente sorri
Insatisfeita a minha alma
Ainda aguardava pelo voo da TAP
Passeava eu nos corredores da minha mente
E senti uma fria sensação no abdómen
Nem acreditei… senti, por alguns segundos,
Sabores frescos de menta
Amigos que verdadeiramente amam
Mais do que qualquer ser humano sente
Entram naquele local dois Epagneul Breton
Nem queria acreditar… um verdadeiro ballet
Tanta saudade dos cães que amo
Os meus maiores amigos: Jacob e Fiel.
Libertaram-nos das trelas… eu corri
Imbuída de tanta felicidade abracei Jacob
Belo animal, ainda bebé
Embora, o seu pai, Fiel, sem rosnar
Rodeou-nos com a dança de Hollywood
Dando à cauda e espalhando magia
Amor por quanta saudade pela estada em Stratford
Depois da época de caça envolvente
E que finalmente terminou.
Ana Paula Vaz Serra (14/03/2020)
terça-feira, 24 de março de 2020
Improviso sobre uma voz...
Uma voz que agora desconheço
lê devagar palavras
que provavelmente terei escrito
não sei há quantos anos
nem em que vida
a voz parece ter a mesma urgência
das palavras
mas nenhuma memória me reconduz
à circunstância dessa íntima leitura
sei apenas que é uma voz de mulher
e diz no fim
como se assinasse um pôr-do-sol ilustrado
“tão lindo”
nunca terei amado essa mulher
que tão intensamente me dizia
continuará a ler-me?
Ademar
lê devagar palavras
que provavelmente terei escrito
não sei há quantos anos
nem em que vida
a voz parece ter a mesma urgência
das palavras
mas nenhuma memória me reconduz
à circunstância dessa íntima leitura
sei apenas que é uma voz de mulher
e diz no fim
como se assinasse um pôr-do-sol ilustrado
“tão lindo”
nunca terei amado essa mulher
que tão intensamente me dizia
continuará a ler-me?
Ademar
domingo, 22 de março de 2020
O desvio da Ciência
Ciência, por onde andaste
Já que não acautelaste
Bem, a saúde da gente?
Estamos na Terceira Guerra
Por ar, por mar e por terra
Com mísseis de longo alcance.
Inda pra mais, invisíveis
De detectar, impossíveis
E ultra silenciosos.
Velocidade ultra sónica
Nesta guerra diabólica
De efeitos pavorosos.
Ciência:
Continuo a questionar-te
Porque não te empenhaste
Mais, com um medicamento
De alta fidelidade
Defendendo a sociedade
Contra qualquer mau momento!
Como o que ora vivemos
Da saúde que não temos
Com rotinas do avesso.
Letalidade que aumenta
Estamos neste aguenta-aguenta
Um tributo d'alto preço.
Carmindo Ramos
Já que não acautelaste
Bem, a saúde da gente?
Estamos na Terceira Guerra
Por ar, por mar e por terra
Com mísseis de longo alcance.
Inda pra mais, invisíveis
De detectar, impossíveis
E ultra silenciosos.
Velocidade ultra sónica
Nesta guerra diabólica
De efeitos pavorosos.
Ciência:
Continuo a questionar-te
Porque não te empenhaste
Mais, com um medicamento
De alta fidelidade
Defendendo a sociedade
Contra qualquer mau momento!
Como o que ora vivemos
Da saúde que não temos
Com rotinas do avesso.
Letalidade que aumenta
Estamos neste aguenta-aguenta
Um tributo d'alto preço.
Carmindo Ramos
sábado, 21 de março de 2020
sexta-feira, 20 de março de 2020
Entrou hoje a Primavera
Entrada da Primavera
Tão sombria, tão severa
Tristes são teus horizontes!
As notícias são diversas
Mas quase todas adversas
Consoante as suas fontes.
Ò Primavera em flor
Dá-nos saúde e amor
Tanto em falta, que comove.
Dá-nos ainda a ciência
Para acabar com urgência
Co Covid-19.
Incertos são nossos tempos
Esperamos melhores momentos
Com calma e tranquilidade.
Mas gerir a situação
Muito fácil, não é, não!
Devido à ansiedade.
Teremos que aceitar
De bom grado e respeitar
Imposições profiláticas.
Os mais idosos em casa
Senão o surto extravasa
Usemos pois, estas práticas.
Se tu puderes, Primavera
E nós estamos à espera
Traz-nos dias d'esperança
Para alívio da tensão
E o nosso coração
Bater com mais confiança.
Carmindo Ramos
Tão sombria, tão severa
Tristes são teus horizontes!
As notícias são diversas
Mas quase todas adversas
Consoante as suas fontes.
Ò Primavera em flor
Dá-nos saúde e amor
Tanto em falta, que comove.
Dá-nos ainda a ciência
Para acabar com urgência
Co Covid-19.
Incertos são nossos tempos
Esperamos melhores momentos
Com calma e tranquilidade.
Mas gerir a situação
Muito fácil, não é, não!
Devido à ansiedade.
Teremos que aceitar
De bom grado e respeitar
Imposições profiláticas.
Os mais idosos em casa
Senão o surto extravasa
Usemos pois, estas práticas.
Se tu puderes, Primavera
E nós estamos à espera
Traz-nos dias d'esperança
Para alívio da tensão
E o nosso coração
Bater com mais confiança.
Carmindo Ramos
quarta-feira, 18 de março de 2020
terça-feira, 17 de março de 2020
Improviso sobre Invierno Porteño, de Piazzolla...
Tinhas pássaros nas asas
quando vieste
nessa manhã que ainda mal nascera
da madrugada
não contei as tatuagens na tua voz
mas sei que cantaste em segredo
e só eu te ouvi
o espaço é um tempo breve
nas gaiolas sem grades
ainda mal acordaras
e já partias
para a mais longa viagem
que nos prometêramos.
Ademar
CAMINHADA À NASCENTE DO RIO ESTE - Braga
Nascente do Rio Este
Ali fui, a caminhar
Sob o céu azul celeste
E a luz do sol a brilhar.
Agradável foi de ver
Água límpida a nascer
Lá, no cimo da montanha
Caprichos da Natureza
Que nos fornece a beleza
De abrangência tamanha.
No percurso avistei
E deslumbrado fiquei
Pois, como que à minha espera
Muitas árvores em flor
Magnífico esplendor
Prenúncio da Primavera.
Largo trilho, bem cuidado
No início, asfaltado
Depois, em terra batida.
De vez em quando parava
E bem fundo respirava
Tão íngreme a subida.
Uma boa experiência
E prova de resistência
Física, sim, de verdade
Feita em troca do suor
Mas que terá mais valor
Na minha avançada idade.
E para me animar
Eu fiz-me acompanhar
Fiquem então a saber
Duma senhora interessante
Para mim, muito importante
Minha bondosa mulher.
Ali fui, a caminhar
Sob o céu azul celeste
E a luz do sol a brilhar.
Agradável foi de ver
Água límpida a nascer
Lá, no cimo da montanha
Caprichos da Natureza
Que nos fornece a beleza
De abrangência tamanha.
No percurso avistei
E deslumbrado fiquei
Pois, como que à minha espera
Muitas árvores em flor
Magnífico esplendor
Prenúncio da Primavera.
Largo trilho, bem cuidado
No início, asfaltado
Depois, em terra batida.
De vez em quando parava
E bem fundo respirava
Tão íngreme a subida.
Uma boa experiência
E prova de resistência
Física, sim, de verdade
Feita em troca do suor
Mas que terá mais valor
Na minha avançada idade.
E para me animar
Eu fiz-me acompanhar
Fiquem então a saber
Duma senhora interessante
Para mim, muito importante
Minha bondosa mulher.
Carmindo Ramos
segunda-feira, 16 de março de 2020
Sara Tavares - Chamar A Música
Chamar a música
Esta noite vou ficar assim
Prisioneira desse olhar
De mel pousado em mim
Vou chamar a música
Pôr à prova a minha voz
Numa trova só p'ra nós
Esta noite vou beber licor
Como um filtro redentor
De amor, amor, amor
Vou chamar a música
Vou pegar na tua mão
Vou compor uma canção
Chamar a música
A música
Tê-la aqui tão perto
Como o vento no deserto
Acordado em mim
Chamar a música
A música
Musa dos meus temas
Nesta noite de açucenas
Abraçar-te apenas
É chamar a música
Esta noite não quero a TV
Nem a folha do jornal
Banal que ninguém lê
Vou chamar a música
Murmurar um madrigal
Inventar um ritual
Esta noite vou servir um chá
Feito de ervas e jasmim
E aromas que não há
Vou chamar a música
Encontrar à flor de mim
Um poema de cetim
Chamar a música
A música
Tê-la aqui tão perto
Como o vento no deserto
Acordado em mim
Chamar a música
A música
Musa dos meus temas
Nesta noite de açucenas
Abraçar-te apenas
É chamar a música
Rosa Lobato Faria
(Especialmente para a Ana)
Etiquetas:
Ana Lisete Miranda,
Rosa Lobato Faria
domingo, 15 de março de 2020
Para Orar
Faz-me sensível a todas as amostras da tua bondade
e que, confiando em Ti,
eu me liberte do terror da morte
e me sinta livre para viver intensa e alegremente
a vida que me deste,
Amém.
Rubem Alves
e que, confiando em Ti,
eu me liberte do terror da morte
e me sinta livre para viver intensa e alegremente
a vida que me deste,
Amém.
Rubem Alves
Improviso para tecer devagar...
Talvez o amor seja breve
e ainda assim artesanal
em Casablanca
mas todos os cenários foram tardios
e nenhuma lua
verdadeira
talvez o amor tenha um piano
à boca de cena
ou uma harpa
quinze dias passam depressa
quando o tempo se conta em séculos
e outras espécies se extinguirão
antes que a luz regresse
ao exacto território de todas as sombras.
Ademar
e ainda assim artesanal
em Casablanca
mas todos os cenários foram tardios
e nenhuma lua
verdadeira
talvez o amor tenha um piano
à boca de cena
ou uma harpa
quinze dias passam depressa
quando o tempo se conta em séculos
e outras espécies se extinguirão
antes que a luz regresse
ao exacto território de todas as sombras.
Ademar
sábado, 14 de março de 2020
quinta-feira, 12 de março de 2020
quarta-feira, 11 de março de 2020
terça-feira, 10 de março de 2020
segunda-feira, 9 de março de 2020
sexta-feira, 6 de março de 2020
O teu cheiro
Não tenho mais elogios
Gastei-os todos contigo
E todos esperaram por ti ...
Não tenho palavras de amor
Todas foram para ti ...
E todas esperavam por ti...
Não tenho mais poemas
Todos desaguaram em ti
Tu és o poema ...
Não quero nenhum perfume
Que não seja de tua pele
Que todos são perfume
Mas só o teu me enlouquece
Quando fica nas minhas mãos!
RB
Gastei-os todos contigo
E todos esperaram por ti ...
Não tenho palavras de amor
Todas foram para ti ...
E todas esperavam por ti...
Não tenho mais poemas
Todos desaguaram em ti
Tu és o poema ...
Não quero nenhum perfume
Que não seja de tua pele
Que todos são perfume
Mas só o teu me enlouquece
Quando fica nas minhas mãos!
RB
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