Hoje, ao tomar de vez a decisão de ser Eu, de viver à altura do meu mister, e, por isso, de desprezar a ideia do reclame, e plebeia sociabilizacão de mim, do Interseccionismo, reentrei de vez, de volta da minha viagem de impressões pelos outros, na posse plena do meu Génio e na divina consciência da minha Missão. Hoje só me quero tal qual meu carácter nato quer que eu seja; e meu Génio, com ele nascido, me impõe que eu não deixe de ser.
Atitude por atitude, melhor a mais nobre, a mais alta e a mais calma. Pose por pose, a pose de ser o que sou.
Nada de desafios à plebe, nada de girândolas para o riso ou a raiva dos inferiores. A superioridade não se mascara de palhaço; é de renúncia e de silêncio que se veste.
O último rasto de influência dos outros no meu carácter cessou com isto. Reconheci — ao sentir que podia e ia dominar o desejo intenso e infantil de « lançar o Interseccionismo» — a tranquila posse de mim.
Um raio hoje deslumbrou-me de lucidez. Nasci.
Fernando Pessoa, 'Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação'
sexta-feira, 31 de dezembro de 2021
ANO VELHO/ANO NOVO
Ano Velho, Ano Novo
Já há muito diz o Povo
É o tempo de mudança
Que mude para melhor
Nos guie para o AMOR
Qual sonho de criança.
Té que a razão d' existirmos
Está na 'sperança de sentirmos
No presente e no futuro
Vivermos com alegria
Saúde e harmonia
Em ambiente seguro.
Sem qualquer RUBICÃO
Difícil d' ultrapassar
E de termos sempre à mão
O sinal para avançar.
Que se vá a Pandemia
Se transforme em Endemia
E depois nos diga adeus
Um felicíssimo ANO
Um ANO NOVO sem dano
Para os AMIGOS meus.
Carmindo Ramos
Já há muito diz o Povo
É o tempo de mudança
Que mude para melhor
Nos guie para o AMOR
Qual sonho de criança.
Té que a razão d' existirmos
Está na 'sperança de sentirmos
No presente e no futuro
Vivermos com alegria
Saúde e harmonia
Em ambiente seguro.
Sem qualquer RUBICÃO
Difícil d' ultrapassar
E de termos sempre à mão
O sinal para avançar.
Que se vá a Pandemia
Se transforme em Endemia
E depois nos diga adeus
Um felicíssimo ANO
Um ANO NOVO sem dano
Para os AMIGOS meus.
Carmindo Ramos
quarta-feira, 29 de dezembro de 2021
OS AMIGOS
Amigos, cento e dez, ou talvez mais,
Eu já contei. Vaidades que eu sentia:
Supus que sobre a terra não havia
Mais ditoso mortal entre os mortais!
Amigos, cento e dez! Tão serviçais,
Tão zelosos das leis da cortesia
Que, já farto de os ver, me escapulia
Às suas curvaturas vertebrais.
Um dia adoeci profundamente. Ceguei.
Dos cento e dez houve um somente
Que não desfez os laços quasi rotos.
Que vamos nós (diziam) lá fazer?
Se ele está cego não nos pode ver.
- Que cento e nove impávidos marotos!
Camilo Castelo Branco
Eu já contei. Vaidades que eu sentia:
Supus que sobre a terra não havia
Mais ditoso mortal entre os mortais!
Amigos, cento e dez! Tão serviçais,
Tão zelosos das leis da cortesia
Que, já farto de os ver, me escapulia
Às suas curvaturas vertebrais.
Um dia adoeci profundamente. Ceguei.
Dos cento e dez houve um somente
Que não desfez os laços quasi rotos.
Que vamos nós (diziam) lá fazer?
Se ele está cego não nos pode ver.
- Que cento e nove impávidos marotos!
Camilo Castelo Branco
Etiquetas:
Camilo Castelo Branco,
Cândida Cabeço
sábado, 25 de dezembro de 2021
domingo, 19 de dezembro de 2021
sábado, 11 de dezembro de 2021
NATAL/2021/MENSAGEM
É a festa da Família
Um luminoso sinal
É viver em harmonia
Neste tempo do Natal.
Natal feliz vos desejo
No percurso dia-a-dia
Só assim é que vejo
Com saúde e alegria.
Um Natal sempre melhor
Do que o anterior
E pleno de confiança
No dia do amanhã
Vivido com o afã
Do amor e da esperança.
Eis pois, a minha mensagem
Durante esta viagem
Entre nascente e poente
Qual filme a decorrer
Tão depressa, e nós a ver
Para todos, toda a gente.
Carmindo Ramos
Um luminoso sinal
É viver em harmonia
Neste tempo do Natal.
Natal feliz vos desejo
No percurso dia-a-dia
Só assim é que vejo
Com saúde e alegria.
Um Natal sempre melhor
Do que o anterior
E pleno de confiança
No dia do amanhã
Vivido com o afã
Do amor e da esperança.
Eis pois, a minha mensagem
Durante esta viagem
Entre nascente e poente
Qual filme a decorrer
Tão depressa, e nós a ver
Para todos, toda a gente.
Carmindo Ramos
terça-feira, 7 de dezembro de 2021
sexta-feira, 3 de dezembro de 2021
Subscrever:
Mensagens (Atom)