Eu não quero a minha casa transformada
Num jazigo onde a tristeza se instalou.
Quero as portas e as janelas escancaradas,
A dizer que a liberdade, enfim, chegou!
Olho o mundo e saboreio como a vida
É diferente, se vivida em liberdade,
Sem peias, sem pressões, não perseguida:
Fazer tudo a depender só da vontade!
E ao ver tantos derrotados, ao meu lado,
Que deixaram de ser escravos de mandões,
Eu quero deixar-te apenas um recado:
Sai-me de casa! Enche agora os teus
pulmões,
Deste ar puro, já que não estás obrigado
A voltar ao ar viciado dos glutões!
Alice Machado
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