Tenho dado por mim com uma dor cada vez mais persistente e profunda! Pensei tratar-se de uma dor física desconhecida.
Fui ao médico… como seria de esperar. Fiz todas as queixas e todos os exames… como seria de esperar. Algum tempo depois, os exames foram esclarecedores e o médico irredutível nas suas conclusões: estava tudo ótimo comigo, pelo menos, para já! Fiquei contente… como seria de esperar.
No entanto, e já lá vão largos meses, a dor persiste… apenas muda de lugar. Isto, não era de esperar!
De lá a esta parte, tenho andado a cismar e a tentar fazer o meu próprio diagnóstico (todos gostamos de encontrar respostas, o desconhecido provoca-nos desconforto!): olhar à minha volta, olhar-me de cima para baixo e de baixo para cima até, gradualmente, reduzir o espaço de focalização, centrando-o só no meu exterior para, logo a seguir, o direcionar para bem dentro de mim, tal método indutivo (cada vez menos utilizado, por sinal).
Aí percebi! O que me tem andado a consumir é, de facto, o que se passa à minha volta e que, a pouco e pouco, vai minando os órgãos do meu corpo, instalando-se, tais donos do mundo, dentro de mim! É um nó enorme, que temo não conseguir desfazer, pois os intentos têm sido mais que muitos porém, a seguir a um nó, outro se lhe sobrepõe e acorrem mais uns tantos que solidária e melosamente teimam em emaranhar os outros e emaranhar-se num enleio e novelo tal, que gigantesco e infinito, se tornam adjetivos poucos para o definir.
E agora!? Pois… não sei!
Só sei que a esperança, se todos acreditarmos, ainda é a última a morrer!
Acreditar, ainda é dos poucos remédios que conduz a algum lugar, mesmo que seja a parte incerta!
Da incerteza nasce a dúvida… da dúvida, a ponderação…
Ponderar é bom!
Contempla a reflexão que nos impele rumo à vontade.
A vontade, normalmente, abraça a ação. Fiz bingo?! Como eu gostava!
A ação conduzir-nos-ia à realização: à realização de coisas e à realização do ser humano que promove essas mesmas coisas! – teríamos, então, o ciclo e o círculo perfeitos.
Agora, a parte mais complexa e difícil!
A realização do ser humano só aconteceria se fosse pessoal, profissional e coletiva. E tal, só poderia acontecer se todos nós esquecêssemos o oásis que resolvemos cuidar e sulfatar à volta do nosso umbigo para canalizarmos as forças e as energias na plantação de um jardim público, certos daquilo que cada qual deveria ser e fazer, mas certos, também, daquilo que seria lícito pedir e exigir dos outros. Só assim, começaria a proliferar a realização das coisas que levaria, por sua vez, à realização cada vez mais crescente do ser humano e, por conseguinte, a um caminho que nos conduziria para a direção certa. Só assim, o ser humano poderia recuperar-se das dores e dos males de que padece, livrando-se de todos os “bichinhos” cancerígenos, desagradáveis e supérfluos que têm impedido o seu (re)erguer saudável, profícuo e contagiante.
Afinal, a sábia resposta do Gato de “Alice no país das maravilhas” jamais deveria ser negligenciada. Quando Alice pergunta ao Gato, "O senhor poderia dizer-me, por favor, qual o caminho que devo tomar para sair daqui?", este responde:"Isso depende muito de para onde você quer ir.", "Não me importo muito para onde...", retrucou Alice. "Então, não importa o caminho que você escolha", disse o Gato.
Nada mais triste do que não saber para onde queremos ir, pois não conseguimos escolher nenhum caminho ou pior, um qualquer serve.
Seria bom começarmos a desemaranhar os nós… para fazermos laços… São estes que nos sustentam e ajudam a edificar um mundo melhor!
“Sei que a chuva é grossa, que entope a fossa (…)
Mas quero voar, por favor!”*
E TU?
Fui ao médico… como seria de esperar. Fiz todas as queixas e todos os exames… como seria de esperar. Algum tempo depois, os exames foram esclarecedores e o médico irredutível nas suas conclusões: estava tudo ótimo comigo, pelo menos, para já! Fiquei contente… como seria de esperar.
No entanto, e já lá vão largos meses, a dor persiste… apenas muda de lugar. Isto, não era de esperar!
De lá a esta parte, tenho andado a cismar e a tentar fazer o meu próprio diagnóstico (todos gostamos de encontrar respostas, o desconhecido provoca-nos desconforto!): olhar à minha volta, olhar-me de cima para baixo e de baixo para cima até, gradualmente, reduzir o espaço de focalização, centrando-o só no meu exterior para, logo a seguir, o direcionar para bem dentro de mim, tal método indutivo (cada vez menos utilizado, por sinal).
Aí percebi! O que me tem andado a consumir é, de facto, o que se passa à minha volta e que, a pouco e pouco, vai minando os órgãos do meu corpo, instalando-se, tais donos do mundo, dentro de mim! É um nó enorme, que temo não conseguir desfazer, pois os intentos têm sido mais que muitos porém, a seguir a um nó, outro se lhe sobrepõe e acorrem mais uns tantos que solidária e melosamente teimam em emaranhar os outros e emaranhar-se num enleio e novelo tal, que gigantesco e infinito, se tornam adjetivos poucos para o definir.
E agora!? Pois… não sei!
Só sei que a esperança, se todos acreditarmos, ainda é a última a morrer!
Acreditar, ainda é dos poucos remédios que conduz a algum lugar, mesmo que seja a parte incerta!
Da incerteza nasce a dúvida… da dúvida, a ponderação…
Ponderar é bom!
Contempla a reflexão que nos impele rumo à vontade.
A vontade, normalmente, abraça a ação. Fiz bingo?! Como eu gostava!
A ação conduzir-nos-ia à realização: à realização de coisas e à realização do ser humano que promove essas mesmas coisas! – teríamos, então, o ciclo e o círculo perfeitos.
Agora, a parte mais complexa e difícil!
A realização do ser humano só aconteceria se fosse pessoal, profissional e coletiva. E tal, só poderia acontecer se todos nós esquecêssemos o oásis que resolvemos cuidar e sulfatar à volta do nosso umbigo para canalizarmos as forças e as energias na plantação de um jardim público, certos daquilo que cada qual deveria ser e fazer, mas certos, também, daquilo que seria lícito pedir e exigir dos outros. Só assim, começaria a proliferar a realização das coisas que levaria, por sua vez, à realização cada vez mais crescente do ser humano e, por conseguinte, a um caminho que nos conduziria para a direção certa. Só assim, o ser humano poderia recuperar-se das dores e dos males de que padece, livrando-se de todos os “bichinhos” cancerígenos, desagradáveis e supérfluos que têm impedido o seu (re)erguer saudável, profícuo e contagiante.
Afinal, a sábia resposta do Gato de “Alice no país das maravilhas” jamais deveria ser negligenciada. Quando Alice pergunta ao Gato, "O senhor poderia dizer-me, por favor, qual o caminho que devo tomar para sair daqui?", este responde:"Isso depende muito de para onde você quer ir.", "Não me importo muito para onde...", retrucou Alice. "Então, não importa o caminho que você escolha", disse o Gato.
Nada mais triste do que não saber para onde queremos ir, pois não conseguimos escolher nenhum caminho ou pior, um qualquer serve.
Seria bom começarmos a desemaranhar os nós… para fazermos laços… São estes que nos sustentam e ajudam a edificar um mundo melhor!
“Sei que a chuva é grossa, que entope a fossa (…)
Mas quero voar, por favor!”*
E TU?
Cristina Martins
*Excerto retirado da letra da canção “Passou por mim e sorriu” dos Deolinda. Recomendada para pequenos e graúdos.
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