Maria José,
é evidente que a poesia traduz uma visão ou reflexão e, apesar de se expressar com metáforas de sentimento sobre os próprios sentimentos, é a verdade que procuramos. Só não será verdade que a poesia seja para nós: como tudo o que é bom, ou nós julgamos que seja, queremos partilhá-lo com os outros e a obra, depois de feita, não nos pertence, como dizia Miguel Torga.
Na metáfora há uma verdade e, como ela é do domínio existencial, vale mais do que a verdade científica. Nunca ninguém se matou porque uma verdade científica é assim (e, de facto, não é, porque ela tem mudado muito ao longo da história, mais do que os sentimentos) e já muita gente morreu por um ideal, que poderia ser na ocasião uma utopia (a que alguns chamaram loucura). No entanto, também é verdade que nem todos os sentimentos têm o mesmo valor: os que apoiam e incentivam os outros à melhoria, valem mais do que os da frustração, violência ou negação da dignidade humana.
Um abraço,
Carlos Maia
é evidente que a poesia traduz uma visão ou reflexão e, apesar de se expressar com metáforas de sentimento sobre os próprios sentimentos, é a verdade que procuramos. Só não será verdade que a poesia seja para nós: como tudo o que é bom, ou nós julgamos que seja, queremos partilhá-lo com os outros e a obra, depois de feita, não nos pertence, como dizia Miguel Torga.
Na metáfora há uma verdade e, como ela é do domínio existencial, vale mais do que a verdade científica. Nunca ninguém se matou porque uma verdade científica é assim (e, de facto, não é, porque ela tem mudado muito ao longo da história, mais do que os sentimentos) e já muita gente morreu por um ideal, que poderia ser na ocasião uma utopia (a que alguns chamaram loucura). No entanto, também é verdade que nem todos os sentimentos têm o mesmo valor: os que apoiam e incentivam os outros à melhoria, valem mais do que os da frustração, violência ou negação da dignidade humana.
Um abraço,
Carlos Maia
Sábio!
ResponderEliminarLello