segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

domingo, 29 de dezembro de 2013

Trovante - Namoro II.wmv

Tracy Chapman-Baby Can I Hold You

BEIJO

Um Furacão de vontade...

Mil gotas de chuva quente...


Molham teu corpo dourado...

Saciam tua sede ardente...


Roubam teu sonho acordado...

Queimam tua boca candente!


Beijam uma Alma carente!



Olímpio Alegre Pinto

PARADOXO

Porque o Tempo é Eterno, apenas duas coisas são irrepetíveis - o passado e a morte.

O.A.A.P.
No Tempo.

FADO

Saudade...

Não é fado!
Não é tristeza!
sa
É alegria!

É um sabor de melancolia...

É da Alma uma beleza!

E do Espírito valentia!


O.A.A.P.
2013

sábado, 28 de dezembro de 2013

o gato espia do telhado
a vida a partir
em cada comboio que passa,

o tempo que se arrasta
na dor metálica dos carris.

é feriado nas mãos,
trago uma canção triste
e o teu rosto no bolso.

Renata Correia Botelho
Um Circo no Nevoeiro, Lisboa: Averno, 2009

Improviso para paciência e atrevimento…


Pink Floyd - Wish You Were Here

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Improviso sobre um tema de Louis Armstrong...



Se vivesses
um pouco mais perto
do mundo
dirias talvez
que a felicidade não tem dias
mas átomos apenas
e que não há
na vertigem dos sonhos
costas mais largas
do que as costas
da eternidade
se vivesses
um pouco mais perto
do mundo
talvez soubesses
que o mundo começa e acaba
no olhar com que o abraças.

Ademar

O GUARDADOR DE REBANHOS (IX)

Sou um guardador de rebanhos
O rebanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.

Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.

Por isso quando num dia de calor
Me sinto triste de gozá-lo tanto.
E me deito ao comprido na erva,
E fecho os olhos quentes,
Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,
Sei a verdade e sou feliz.

Alberto Caeiro

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Acreditar

Oceano Pacífico...



Maior
e mais violento
de todos
descubro-te
assim nomeado
por quem te viajou
com toda a tranquilidade.

Maria José Meireles

domingo, 22 de dezembro de 2013

Orquestra Landfill Harmonic - Orquestra feita de lixo reciclado - Legendado PT BR

Das Pedras

Ajuntei todas as pedras
que vieram sobre mim.
Levantei uma escada muito alta
e no alto subi.
Teci um tapete floreado
e no sonho me perdi.
Uma estrada,
um leito,
uma casa,
um companheiro.
Tudo de pedra.
Entre pedras
cresceu a minha poesia.
Minha vida...
Quebrando pedras
e plantando flores.
Entre pedras que me esmagavam
Levantei a pedra rude
dos meus versos.

Cora Coralina

Fernando Pessoa - Se Te Queres Matar

sábado, 21 de dezembro de 2013

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Natal é a felicidade que nós sentimos quando estamos com alguém de quem gostamos.

David Meireles
Mãe, pára com essas tuas ideias sábias.

Raquel Meireles

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Vem Sentar-te Comigo, Lídia, à Beira do Rio

Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
                   (Enlacemos as mãos.)

Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
                   Mais longe que os deuses.

Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
                   E sem desassosegos grandes.

Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,
Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,
                   E sempre iria ter ao mar.

Amemo-nos tranquilamente, pensando que podiamos,
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
                   Ouvindo correr o rio e vendo-o.

Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as
No colo, e que o seu perfume suavize o momento —
Este momento em que sossegadamente não cremos em nada,
                   Pagãos inocentes da decadência.

Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-ás de mim depois
Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,
Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos
                   Nem fomos mais do que crianças.

E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio,
Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti.
Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim — à beira-rio,
                   Pagã triste e com flores no regaço.

Ricardo Reis, in "Odes"
Heterónimo de Fernando Pessoa

Pergunta ao vento que passa notícias do meu país...

Correspondances

La Nature est un temple où de vivants piliers
Laissent parfois sortir de confuses paroles;
L'homme y passe à travers des forêts de symboles
Qui l'observent avec des regards familiers.

Comme de longs échos qui de loin se confondent
Dans une ténébreuse et profonde unité,
Vaste comme la nuit et comme la clarté,
Les parfums, les couleurs et les sons se répondent.

II est des parfums frais comme des chairs d'enfants,
Doux comme les hautbois, verts comme les prairies,
— Et d'autres, corrompus, riches et triomphants,

Ayant l'expansion des choses infinies,
Comme l'ambre, le musc, le benjoin et l'encens,
Qui chantent les transports de l'esprit et des sens.

Charles Baudelaire

domingo, 15 de dezembro de 2013

Far-se-ia melhor, se, em vez de imagens feéricas, discursos palavróticos, e votos, fosse oferecido aos cegos Música, aos surdos as cores do Arco-Iris, e aos políticos a Cartilha Maternal e a tabuada do dois.

O.A.A.P.

Pensamento do dia...

O que a memória ama, fica eterno.
Te amo com a memória, imperecível.

Adélia Prado

sábado, 14 de dezembro de 2013

A pensar no fim-de-semana...

Grupo Coral Alentejano RTP1

Céu enfim azul...


Estou das tuas mãos
porque foram as únicas
capazes de me lerem
no sentido das nuvens
ou do céu enfim azul
e não me quero noutras
por enquanto.

Música: Elza Seixas
Poema: Maria José Meireles

Amarações...


Divido o espaço
em três partes
um relógio de campo
um beijo de mar
e uma caixa de música.
A infância
regressa-me ao campo
e o amor amara-me
a uma espécie de silêncio.
Na cidade
baralho-me
e escolho uma parte
à sorte
de cada vez.

Música: Elza Seixas
Poema: Maria José Meireles

Mark Knopfler - The Long Road 1984 (Mountains of the Basque Country - 1) Spain

Pensamento do dia...

Quem não tem jardins por dentro, não planta jardins por fora e nem passeia por eles...

Rubem Alves
Eu só sei mandar, não sei governar.

Raquel Meireles

Raquel Meireles

Raquel Meireles
Doze professores no quinto ano, parece-me um exagero. Acho que deviam ser, no máximo, quatro.

Raquel Meireles
Mãe, o futuro é quando eu for adulta?

Raquel Meireles
Um nadinha de simpatia, é que lhe dava uma graça!...

Raquel Meireles

Pensamento do dia...

Nasci para trazer alguma maldade a este mundo.

Raquel Meireles

Pensamento do dia...

Não me stresses que eu estou a fazer isto com muito cuidado e com muito carinho.

Raquel Meireles
Quando compro um objecto, trato-o como se ele tivesse vida e ele torna-se meu amigo.

Raquel Meireles

É tão bom não ter juízo!

Ser um rapaz com juízo?
Ah, isso não é preciso!

É tão bom ser diabrete,
pintar de verde o tapete.
É tão bom ser um mauzão,
deitar pimenta no pão.
É tão bom ser um pirata,
puxar o rabo da gata.
É tão bom ser um traquinas,
despentear as meninas.
É tão bom ser um travesso,
vestir tudo do avesso.
É tão bom ser um marau,
pôr no lixo o bacalhau.
É tão bom ser desastrado,
cair no lago calçado.
É tão bom ser malandrão,
roer os ossos do cão.
É tão bom ser um maroto,
pôr no prato um gafanhoto.
Tão bom ser insuportável,
pisar um senhor notável.
Ser sempre inconveniente,
ao careca dar um pente.
É tão bom ser mau, mau, mau,
Soltar na aula um lacrau.

O pior é quando a mãe
resolve ser má também.

Luísa Ducla Soares
In: "Vinte e Cinco - As Cartas"
Mãe, sabes que não sou boa nisso das horas mas nas formas e cores conta comigo.

Raquel Meireles

A aventura de Ângela

Vou falar-vos um pouco de uma gotinha, muito traiçoeira, chamada Ângela. Esta gotinha tinha cinco anos e o seu maior desejo era ser uma verdadeira guerreira e dominar o mundo.
Ângela era um pouco desleixada. A sua água era verde de andar sempre à batatada, com os irmãos, nas marés poluídas. No entanto, no fundo dos seus olhinhos azuis, cor do mar, existia uma menina corajosa, valente e muito delicada que sim, essa era realmente capaz de dominar o mundo.
Ângela não tinha lá muitas amigas por ser diferente e gostar de jogar aos cavaleiros, mas ela não se importava e seguiu em frente o seu sonho.
A sua casa ficava entre duas rochas onde, de manhã, estava maré vaza, o mar tranquilo e os primeiros raios de sol escaldantes a atingiam.
- Está na hora, dêem as mãos meninos, o céu espera-nos. – Disse a mãe muito confiante.
A viagem foi rápida mas a Ângela não gostou nada da ideia de esperar antes de descer. A ansiedade era incontrolável pois tinha chegado o momento da partida. Deram sinal, todas as gotinhas caíram com toda a sua velocidade e a família de Ângela caiu unida num ribeiro. E foi mais uma aventura para a história de Ângela.

Raquel Meireles
Não me importo que ele goste de mim desde que não me aborreça.

Raquel Meireles

Pensamento do dia...

Deixa-me expandir a imaginação.

Raquel Meireles
Sou um anjo.

Raquel Meireles
Quando morrer, quero morrer com estilo.

Raquel Meireles
Mãe, não percebo, porque estás tão calma?!...

Raquel Meireles
Temos de ter alguns inimigos para poder descarregar.

Raquel Meireles
Aquele miúdo é pior do que o David, com ofensa.

Raquel Meireles

A escola

Quando vou para a escola
levo sempre a sacola
sento-me no lugar
com vontade de trabalhar.

Entro na sala
para começar a aula
contas e problemas
sem copiar e conversar.

Acabo de estudar
com vontade de ir brincar
no recreio vou ficar
a falar e a jogar.

Brincadeiras e palhaçadas
no corredor não vou fazer
sentada num cantinho
a estudar e a aprender.

No estudinho
em silêncio vou ficar
a trabalhar sem parar
até o tempo acabar.

Em casa irei pensar
para os exercícios não errar
com calma e atenção
estudar para os terminar.

Ao anoitecer
cansada vou estar
na caminha vou deitar
a dormir e a sonhar.

Raquel Meireles

Voar...



Se pudesses saber
como compensa
a viagem
pilotarias
o teu próprio
pensamento
para chegar
a destino nenhum.

Raquel Meireles
e Maria José Meireles

É proibido não te divertires!



Raquel Meireles

O Gary encontrou a sua cara-metade!



Raquel Meireles
Quando for grande, quero passar logo para a reforma.

Raquel Meireles
Olha que não estás num filme para fazeres cenas dramáticas!

Raquel Meireles


Raquel Meireles
(Oferecido ao tio João)

Pensamento do dia...

Mãe, não vou viver para onde tu quiseres. Ainda me enfias num castelo.

Raquel Meireles

Pensamento do dia...

Mãe, não posso ler o teu futuro porque tu já chegaste lá.

Raquel Meireles


Raquel Meireles


Raquel Meireles

Para a Raquel...

Mãe, estou a poupar para a reforma.

Raquel Meireles


Raquel Meireles
(Oferecido à Professora)

Rabiscos



Raquel Meireles

O pôr-do-sol



Raquel Meireles

A Natureza



Raquel Meireles


Raquel Meireles
(Oferecido ao Pai)
Mãe, este Mundo é mesmo injusto.
Deviam prender os polícias.

Raquel Meireles


Raquel Meireles


Raquel Meireles
(Oferecido à Mãe)


Raquel Meireles

O girassol abandonado



Raquel Meireles


Raquel Meireles


Raquel Meireles


Raquel Meireles

Gruta Mágica



Raquel Meireles

Desenho Colorido



Raquel Meireles

A Minha Casinha



A minha casinha
é vermelhinha
parece um castelo
de uma rainha.

Raquel Meireles

A Minha Estrelinha



Lá no alto
da montanha
nasce
uma estrelinha
vem dizer-me
adeus
e dar-me
uma prendinha.

Raquel Meireles

Pensamento do dia...

Não tem mal nenhum pensar.

Nuno Meireles
Mãe, é muito fácil cuidares de nós. Só tens de relaxar e de nos deixares viver.

Nuno Meireles
Nada dói mais do que o silêncio.

Nuno Meireles
Pai, supostamente devias dar o exemplo.

Nuno Meireles
Sinceramente pai, quando é que vais deixar de tentar educar-me? :)

Nuno Meireles
Mãe, não conheces mais de metade do meu ser.

Nuno Meireles

Sting - Englishman In New York



(Especialmente para o Nuno)
Mãe, como é que eu aguentei nove meses na tua barriga sem computador nem televisão?!

Nuno Meireles
Mãe, já estiveste em tantos sítios, tens de ser mesmo muito velha.

Nuno Meireles

Pensamento do dia...

Não quero guardar esta matéria, na minha memória, depois do teste.

Nuno Meireles
A passagem para 2012 não foi uma festa. Os impostos vão aumentar. Algumas pessoas até preferiam ter morrido.

Nuno Meireles
Mãe, o teu filho mentiroso (o próprio) está coxo.

Nuno Meireles
A única magia verdadeira é o ciclo da vida.

Nuno Meireles
Qualquer dia, ainda vamos viver "debaixo da ponte" e vem alguém dizer: desculpem mas temos de tirar a ponte.

Nuno Meireles
Raquel, se não sairmos deste país, ainda vamos ficar sem fins-de-semana!...

Nuno Meireles

Nuno Meireles
(Oferecido à Raquel)
Só vou querer raparigas que também gostem de animais.

Nuno Meireles
Esta casa é boa, tem uma piscina boa à qual eu não dou valor.

Nuno Meireles
Mãe, achas que eu batia numa pessoa mais pequena do que eu? Até me ficava mal.

Nuno Meireles


Nuno Meireles
(Oferecido à Magui)
Mãe, sempre que trabalhas, fazes alguém feliz.

Nuno Meireles


Nuno Meireles

Pensamento do dia...

O ser humano ainda não é bem uma máquina mas já não é um ser completamente natural.

Nuno Meireles

Charlie and the Chocolate Factory (2005) Official Trailer #1 - Johnny Depp Movie HD

Heal the World auf Michael Jackson's Trauerfeier am 7.7.09



(Especialmente para o Nuno, para a Magui e para mim)


Nuno Meireles
(Oferecido à Mãe)

Pensamento do dia...

Numa guerra, não se ensina o adversário a sobreviver.

Nuno Meireles

Cachorro atropelado e outro amigo tenta salva - lo ( fotos )



Nuno Meireles
(Oferecido ao Pai)


Nuno Meireles

Morceguinho



Morcego,
meu morceguinho
vem cá
seu bicho fofinho.
Morcego,
meu morceguinho
vem cá
eu dou-te um carinho.

Nuno Meireles

Peixinho



Peixinho
meu peixinho
gosto de ti.
Quando me dás alegria?
Peixinho
meu peixinho
não preciso de alegria.
Tenho-te a ti!

Nuno Meireles

Pensamento do dia...

O medo é que provoca a dor.

Nuno Meireles

Gorillaz-O Green World

Gorillaz Demon Days: Feel Good Inc.

A Carlota fez um chichi em forma de coração.

David Meireles
Eu não tenho de explicar tudo, ou tenho?

David Meireles
Queria ter um carro só meu e saber conduzir.

David Meireles
Está na hora de eu começar a comprar as minhas coisas.

David Meireles

Pensamento do dia...

Eu sou dos que não desistem.

David Meireles
Se tivesse de escolher, preferia ser adotado a morrer. Não quero morrer.

David Meireles
Por um lado odeio-te por outro lado adoro-te.

David Meireles
Por mim, nem estudava!...

David Meireles
Peço desculpa mas não prometo que não volte a repetir-se. Não adivinho o futuro.

David Meireles

Pensamento do dia...

O teu mimo dá-me energia.

David Meireles
Raquel, o mundo não gira à tua volta. Gira à volta do papá e da mamã.

David Meireles
Sou o demónio da família.

David Meireles
O que importa é que tenho uma mãe perfeita.

David Meireles
É muito verdade, vou continuar a gostar dos meus pais, mesmo depois deles morrerem.

David Meireles
Só confio nas minhas memórias.

David Meireles
Mãe, quando tu morreres, eu vou ter saudades.

David Meireles
Mãe, às vezes dou-te mimos para me aproveitar de ti mas agora não.

David Meireles
Mãe, encostei ao conseguir esconder-me de ti.

David Meireles
Mãe, tu já não és nova, eu já te conheço há muito tempo.

David Meireles
Mas, pelo menos, tenho uma mãe que me adora e tu, mãe, também tens um filho que te adora.

David Meireles
Eu é que sei o que é preciso para a minha sobrevivência (carregado de sacos).

David Meireles
Um explorador passa sempre pelo lado mais perigoso.

David Meireles
Mãe, se disser isso vou sentir vergonha de mim próprio.

David Meireles
Mãe, achas que estrelas é uma alimentação saudável para girafas?

David Meireles
Estou muito pesado. (cansado)

David Meireles
Eu corro com muita potência.

David Meireles
Hoje descobri um caminho novo. É o meu caminho.

David Meireles
Mãe, o maior número que existe é o 1099. Demoramos um dia todo para contar, depois vem a noite, adormecemos e não podemos contar mais.

David Meireles

Dia da Mãe

Mãe, eu amo-te.
Mãe, eu adoro-te.
Mãe, eu gosto de ti.
Mãe, tu és bonita como o céu azul.
Mãe, tu és bonita como o mundo.

David  Meireles
Mãe, estou a abraçar o teu braço e estou a dar-te carinho.

David  Meireles

Pensamento do dia...

Mãe, não quero que morras. Mudei de ideia, fui exagerado.

David  Meireles

David 2

David 2


Nuno Meireles
(Oferecido ao David)
Sabes mãe, estás sempre no meu coração, até nas aulas!

David  Meireles

Monstro fofinho



Vem cá seu monstro lindo
vem cá sua coisa fofinha.

David  Meireles
Gosto muito da minha mãe porque ela me dá muitos beijinhos porque eu me porto muitas vezes bem.

David  Meireles

Monstro



David  Meireles

Dragão



David  Meireles

Cão



David  Meireles
Há pessoas que conversam on-line.

David  Meireles
Mãe, adoro-te e nunca te vou esquecer. (ao acordar)

David  Meireles
Se eu não conseguir chegar até à bola, digam ao pai e à mãe que os adoro. (na piscina)

David  Meireles
Mãe, tu já eras linda antes de seres mãe.

David  Meireles
Pai, não te preocupes que de mim não vais ter netos.

David  Meireles

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Vai-te...

Diz-me apenas
a verdade
ou o silêncio
e poupa-me
aos teus elogios.

Maria José Meireles

sábado, 7 de dezembro de 2013

Johann Sebastian BACH - GOLDBERG-VARIATIONEN - Glenn GOULD.wmv

Portugal não recompensa talentos.
Mãe, quero ver um sorriso nessa cara.
Depois de aprender o aparelho digestivo, já não me sabe tão bem comer.
Dão-lhes dinheiro para se reformarem?! O que eu vou fazer não dá para me reformar. Vou ser diretor de um zoo.

Sei...

Nada sei
do que te veste
senão do brilho
dos teus olhos
e da luz
do teu sorriso.

Maria José Meireles

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Maria Maria

Besta...


quem apenas
compreenda
a linguagem
do chicote
e me queira
governar.

Maria José Meireles

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Até que a morte nos una...

Há palavras
que nem o tempo
nem o vento
me levam.



Maria José Meireles

Arte do carvalho 2011

Domingos Mendes da Silva
"Não, não é você..."-(sonoro com leitor de Mp3)2009.

waris dirie tribute

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

À Beira de Água

Estive sempre sentado nesta pedra
escutando, por assim dizer, o silêncio.
Ou no lago cair um fiozinho de água.
O lago é o tanque daquela idade
em que não tinha o coração
magoado. (Porque o amor, perdoa dizê-lo,
dói tanto! Todo o amor. Até o nosso,
tão feito de privação.) Estou onde
sempre estive: à beira de ser água.
Envelhecendo no rumor da bica
por onde corre apenas o silêncio.

Eugénio de Andrade

sábado, 23 de novembro de 2013

Se alguém souber quem é, agradeço

Na semana romana de 2013, deambulava pelas ruas onde se passavam os eventos da cidade de Braga, e dou com esta menina e os seus cisnes amestrados a preparar-los para o espectáculo.

Fiz meia dúzia de fotos, e solicitou-me se as podia enviar.

Não me fiz rogado e dei-lhe o número do tlm para ela me enviar o e-mail.

Até à data d´hoje nada sei. Se houver alguém que a conheça, dê-lhe o lamiré e logo, que tenha tempo e disponibilidade envio as fotos.

São algumas, umas melhores outras assim assim...
Abraço e BFSemana
para todos que visitam e convivem com Fragmentos de Bondade

Ajovê

O Bem e o Mal

O Bem e o Mal são sempre subjectivos... e variam, espuriamente, com o tempo, com o lugar... e com os interesses, individuais ou colectivos.

A Justiça, não! - Mas apenas, e só!, no julgamento das crianças!

O.A.A.P.
Sem Tempo.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Redacção – Declaração de Amor à Língua Portuguesa

«Tempo de exames no secundário, os meus netos pedem-me ajuda para estudar português. Divertimo-nos imenso, confesso. E eu acabei por escrever a redacção que eles gostariam de escrever. As palavras são minhas, mas as ideias são todas deles. Aqui ficam, e espero que vocês também se divirtam. E depois de rirmos espero que nós, adultos, façamos alguma coisa para libertar as crianças disto.
Redacção – Declaração de Amor à Língua Portuguesa
Vou chumbar a Língua Portuguesa, quase toda a turma vai chumbar, mas a gente está tão farta que já nem se importa. As aulas de português são um massacre. A professora? Coitada, até é simpática, o que a mandam ensinar é que não se aguenta. Por exemplo, isto: No ano passado, quando se dizia “ele está em casa”, ”em casa” era o complemento circunstancial de lugar. Agora é o predicativo do sujeito.”O Quim está na retrete” : “na retrete” é o predicativo do sujeito, tal e qual como se disséssemos “ela é bonita”. Bonita é uma característica dela, mas “na retrete” é característica dele? Meu Deus, a setôra também acha que não, mas passou a predicativo do sujeito, e agora o Quim que se dane, com a retrete colada ao rabo.
No ano passado havia complementos circunstanciais de tempo, modo, lugar etc., conforme se precisava. Mas agora desapareceram e só há o desgraçado de um “complemento oblíquo”. Julgávamos que era o simplex a funcionar: Pronto, é tudo “complemento oblíquo”, já está. Simples, não é? Mas qual, não há simplex nenhum,o que há é um complicómetro a complicar tudo de uma ponta a outra: há por exemplo verbos transitivos directos e indirectos, ou directos e indirectos ao mesmo tempo, há verbos de estado e verbos de evento,e os verbos de evento podem ser instantâneos ou prolongados, almoçar por exemplo é um verbo de evento prolongado (um bom almoço deve ter aperitivos, vários pratos e muitas sobremesas). E há verbos epistémicos, perceptivos, psicológicos e outros, há o tema e o rema, e deve haver coerência e relevância do tema com o rema; há o determinante e o modificador, o determinante possessivo pode ocorrer no modificador apositivo e as locuções coordenativas podem ocorrer em locuções contínuas correlativas. Estão a ver? E isto é só o princípio. Se eu disser: Algumas árvores secaram, ”algumas” é um quantificativo existencial, e a progressão temática de um texto pode ocorrer pela conversão do rema em tema do enunciado seguinte e assim sucessivamente.
No ano passado se disséssemos “O Zé não foi ao Porto”, era uma frase declarativa negativa. Agora a predicação apresenta um elemento de polaridade, e o enunciado é de polaridade negativa.
No ano passado, se disséssemos “A rapariga entrou em casa. Abriu a janela”, o sujeito de “abriu a janela” era ela,subentendido. Agora o sujeito é nulo. Porquê, se sabemos que continua a ser ela? Que aconteceu à pobre da rapariga? Evaporou-se no espaço?
A professora também anda aflita. Pelo vistos no ano passado ensinou coisas erradas, mas não foi culpa dela se agora mudaram tudo, embora a autora da gramática deste ano seja a mesma que fez a gramática do ano passado. Mas quem faz as gramáticas pode dizer ou desdizer o que quiser, quem chumba nos exames somos nós. É uma chatice. Ainda só estou no sétimo ano, sou bom aluno em tudo excepto em português,que odeio, vou ser cientista e astronauta, e tenho de gramar até ao 12º estas coisas que me recuso a aprender, porque as acho demasiado parvas. Por exemplo,o que acham de adjectivalização deverbal e deadjectival, pronomes com valor anafórico, catafórico ou deítico, classes e subclasses do modificador, signo linguístico, hiperonímia, hiponímia, holonímia, meronímia, modalidade epistémica, apreciativa e deôntica, discurso e interdiscurso, texto, cotexto, intertexto, hipotexto, metatatexto, prototexto, macroestruturas e microestruturas textuais, implicação e implicaturas conversacionais? Pois vou ter de decorar um dicionário inteirinho de palavrões assim. Palavrões por palavrões, eu sei dos bons, dos que ajudam a cuspir a raiva. Mas estes palavrões só são para esquecer, dão um trabalhão e depois não servem para nada, é sempre a mesma tralha, para não dizer outra palavra (a começar por t, com 6 letras e a acabar em “ampa”, isso mesmo, claro.)
Mas eu estou farto. Farto até de dar erros, porque me põem na frente frases cheias deles, excepto uma, para eu escolher a que está certa. Mesmo sem querer, às vezes memorizo com os olhos o que está errado, por exemplo: haviam duas flores no jardim. Ou : a gente vamos à rua. Puseram-me erros desses na frente tantas vezes que já quase me parecem certos. Deve ser por isso que os ministros também os dizem na televisão. E também já não suporto respostas de cruzinhas, parece o totoloto. Embora às vezes até se acerte ao calhas. Livros não se lê nenhum, só nos dão notícias de jornais e reportagens,ou pedaços de novelas. Estou careca de saber o que é o lead, parem de nos chatear. Nascemos curiosos e inteligentes, mas conseguem pôr-nos a detestar ler, detestar livros, detestar tudo. As redacções também são sempre sobre temas chatos, com um certo formato e um número certo de palavras. Só agora é que estou a escrever o que me apetece, porque já sei que de qualquer maneira vou ter zero. E pronto, que se lixe, acabei a redacção - agora parece que se escreve redação.O meu pai diz que é um disparate, e que o Brasil não tem culpa nenhuma, não nos quer impôr a sua norma nem tem sentimentos de superioridade em relação a nós, só porque é grande e nós somos pequenos. A culpa é toda nossa, diz o meu pai, somos muito burros e julgamos que se escrevermos ação e redação nos tornamos logo do tamanho do Brasil, como se nos puséssemos em cima de sapatos altos. Mas, como os sapatos não são nossos nem nos servem, andamos por aí aos trambolhões, a entortar os pés e a manquejar. E é bem feita, para não sermos burros.
E agora é mesmo o fim. Vou deitar a gramática na retrete, e quando a setôra me pe.rguntar: Ó João, onde está a tua gramática? Respondo: Está nula e subentendida na retrete, setôra, enfiei-a no predicativo do sujeito.
João Abelhudo, 8º ano, setôra, sem ofensa para si, que até é simpática.»

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

sábado, 16 de novembro de 2013

Antes de morrer, quero…

Guerreiro

Domingos Mendes da Silva
Domingos Mendes da Silva

Pensamento do dia...

Felizes os que trabalham de dia e choram de noite porque emagrecem.

Maria José Meireles

Pensamento do dia...

Há um caminho seguro para chegar a qualquer coração: o Amor.

Concepcion Arenal.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

HACHI

São olhares como este, que me deixam a pensar...

Hachi é o nome de um cão, o oitavo do nascimento, número considerado da sorte e da felicidade no Japão. Foi comprado e enviado para a América. Pelo caminho extraviou-se. O cão como era de uma linhagem com mais de 4.000 anos, conseguiu abrir a casota onde vinha e começou a deambular pelas ruas da cidade, até escolher um dono.
À saída da estação de comboios ia a passar um professor de música do conservatório da cidade, e o cão não mais o largou. Tentou dissuadi-lo a procurar outro dono, até que junto do chefe da estação pediu-lhe que tomasse conta dele. Como ele recusou viu-se na contingência de o levar para casa.
Sabendo que a esposa tinha no passado recente, por uma enorme tristeza com o desaparecimento do cão de casa, meteu-o (sem nada lhe dizer), na garagem num caixote de papelão. Naturalmente o cão como era de uma inteligência acima da média, a meia da noite já se encontrava no quarto do casal. A esposa quando se levantou para ir à casa de banho, teve um grande susto ao ver o inocente cão todo rim pimpão ir na sua direcção. O marido tentou acalma-la, sem contudo a dissuadir de não aceitar o cão em casa.
Foi quando a filha visitava os pais, a mãe observando da janela pai e filha divertidíssimos com o cão, acabou por aceitá-lo. Todos os dias o cão acompanhava o novo dono até à estação dos comboios e depois deambulava pela cidade. Toda a gente o conhecia e um minuto antes de o combóio chegar, já o Hachi estava filado à porta da estação dos comboios, à espera do dono.
Um dia o Hachi entregou uma bola de ténis com que brincava ao dono. Ele ficou admirado, porque normalmente o cão nunca se interessava em a entregar. Nesse dia o Hachi teimou várias vezes com o dono para atirar com a bola e ele trazia-a, o que o deixou admirado. Quando se encontrava a trabalhar com os seus alunos contou-lhes o facto, logo depois sentou-se ao lado de um deles, olhou para ele, e pouco tempo depois morreu.
O Hachi até morrer fizesse calor ou caísse neve, não deixou de à hora certa procurar o dono na estação. A população local tentou vezes sem conta demovê-lo de continuar à espera do dono, mas nunca saiu do local de espera durante quase vinte anos, onde veio a morreu em frente à estação dos comboios coberto de neve. Até parece que estou a vê-lo sonhar com a imagem do dono, dar os últimos suspiros no ano de 1934, e despedir-se do mundo dos vivos. Não escondo que as lágrimas vermelhas de tristeza, profundas e densas deslizarem pelo meu rosto, ao escrever a história comovente do Hachi.
A população local perante o sentimento de persistência, abnegação e amor do cão pelo dono, acabou por angariar dinheiro e perpectuar a história do Hachi, erguendo uma estátua de bronze em frente da estação dos comboios e na sua cidade natal, Sichuva, Japão.
Porque reescrevi a história do Hachi? Tudo começou num dia em que deambulava e fotografava por montes e vales do Verde e do Minho, me deparei com uma cadela abandonada. Ela olhava para mim com um ar tão carente, esfomeada, cheia de desilusões e enganos, que tentei de todas as maneiras e formas para vir comigo. Ainda hoje me interrogo vezes sem conta, por que razão a cadela rejeitou ajuda, e esperar serenamente a morte. 2013-11-14
NOTA: A ortografia está de acordo com a história do meu passado.

ajoVê