O corpo é igual ao corpo,
e bate nas colunas demoníacas
dos barómetros sem resposta;
navega na luz gelada dos icebergues
invisíveis que rasgam cascos
e partem mastros.
No rasto de Deus que se eclipsa,
com versos nos olhos,
ainda podes respirar a chuva, o suor,
o labor da escrita,
nas linhas nocturnas onde a solidão
implode
no centro esfíngico
de uma aurora boreal.
Maria do Sameiro Barroso
in Luas de Gengibre
JUNHO DE 2013
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