Nascemos num salão cujas paredes
Consistem nas mil portas dos possíveis
E porta a porta se escancaram níveis
Para o mundo lá fora que já vedes.
A sala está inundada, sons e sedes,
Luz e barulho quantos são vivíveis.
São todos os caminhos exequíveis
Mas nem a todos teu condão concedes.
Fechamos umas portas de propósito,
Com medo às vezes do que é seu depósito,
Às vezes firmes e, aliás, tranquilos.
Outras parecem, ao invés, fechar-se
Por si sozinhas e com tal disfarce
Que nem por trás lhes ouviremos grilos.
SEXTA REDONDILHA
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