Ontem
fomos a Paris
e, como Paul Celan,
também nos atiramos ao Sena
para uma íntima reunião
com o princípio de tudo.
Ontem
fui uma flor
sem nome
e sem corpo.
Ontem
foste de novo
a ressurreição
e a vida.
Ontem
o rio Sena
atravessou a nossa sala
junto à lareira
e comemos bolo
de frutos vermelhos
e bebemos Champanhe.
Ontem
fomos felizes
assim.
Maria José Meireles
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