domingo, 7 de julho de 2019

A voz dos animais, ditos irracionais

Cada qual na sua voz
Os animais se entendem
Quase nunca andam sós
Para o gregarismo tendem.

Temos o leão que ruge
Mocho nocturno que pia
Temos a vaca que muge
E a anta, que assobia.

O elefante, que barre
E a cobra, que sibila
Temos a ovelha que bale
E o pavão, que pupila.

O cão late, gane e ladra
Hiena ulula e o grou grulha
Louro papagaio palra
Elegante, o pombo arrulha.

Corvo e coruja, crocitam
Araponga (ave) estridula
O coelho e rato, guincham
Sua voz sempre circula.

E o camelo, blatera
Cisne, arensa, grasna a arara
Ronca o tigre, forte fera
O seu ataque não pára.

E o peru, gruguleja
Ainda o macaco guincha
A galinha, cacareja
E o cavalo... relincha.

Mia o gato, uiva o lobo
Enquanto o grilo cricrila
Também crocita o corvo
A andorinha pipila.

Muitos mais seres existem
Cujos nomes não me assistem
Para os assinalar.
Tomarei isso em conta
Mas é trabalho de monta
Depois irei pesquisar.

Carmindo Ramos

Sem comentários:

Enviar um comentário