Não sei
Não sei cantar.
Histórias de embalar
Não sei
Não sei contar.
Só recordações
Posso tentar
Para te pôr feliz
A dormir e sonhar.
Ouves o vento
Nas frinchas a uivar?
Não te aflijas,
Sonha em paz…
Abre a janela,
O vento livre
Põe o teu moinho de vento
A rodar a rodar.
Sonha com teu moinho
Suave, a rodar.
Sonha com o vento
Nas searas a ondular
É bom
Nas planícies do Alentejo
Sentir o vento passar.
Sonha o infinito do mar
Em que navegaste
Tão azul tão distante.
Mar azul e frio
Transparente, calmo
Em que nadaste
Sob um céu infinito.
Sonha as estrelas
Da escura noite límpida
Como não se vê na cidade.
Sonha nuvens brancas
Em céu azul.
Sonha nuvens negras
Em céu de tempestade.
Não fazem mal
Não te inquietes
Só trazem chuva
Linda, de ver chover.
Talvez relâmpagos
Lindos de ver brilhar
A ziguezaguear.
Sonha montes e vales
Com casinhas pequeninas
Sonha o poente
Sonha o mar
Sonha o ar transparente
Sonha o sol e as estrelas a brilhar
Sonha feliz e contente
O papão não vai voltar.
Tudo calmo tudo quieto
Para tu sonhares.
Alf. Ago / 2019
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