De segunda a domingo
Os dias passam num pingo
Como a chuva que cai.
Devagar, e de mansinho
Passa o tempo num 'nstantinho
E a juventude se esvai.
Nosso corpo amadurece
A resistência decresce
Resta o tempo de sonharmos
Acordados, pode ser
Com vontade de querer
À juventude voltarmos.
Mas o tempo que passou
Por nós, mazelas deixou
Com razão ou por doidice
Que fazer então agora,
Senão cantar vida fora
Para enfrentar a velhice!
Cantando, sonhando e rindo
Esquecendo as horas amargas
Enquanto o tempo fugindo
Nos zurze com vergastadas.
Carmindo Ramos
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