Quando finalmente conseguiram um momento ele aproximou se dela e olhando-lhe para o vestido que deixava adivinhar como seria fácil as suas mãos nele se perderem disse:
- Meu Deus! Esse vestido...
- Tu e os vestidos! Respondeu ela num sorriso tímido
- Vamos atrás duma qualquer roulote - atreveu um pouco mais!
E ela num gesto de imensa suavidade, quase ritual, encaminhando-lhe o olhar com o seu focou-se no seu braço nu e com a mão contrária, muito lentamente, acariciou-o como quem, titanicamente, luta contra um arrepio. Mas este vinha da alma! E os arrepios da alma não se amansam com corpos!
E então levantou-lhe os olhos e sorriu!
Ele intuiu-lhe na pele o drama de um corpo inteiro e perguntou:
- Queres que me afaste um pouco?
- É melhor ...
Os seus olhares penetraram-se até onde está a consciência um milésimo de segundo!
E naquele olhar nada ficou por fazer...
RB
Sem comentários:
Enviar um comentário