Afinal quem somos nós?
Somos pais, somos avós
E eu já bisavô sou
Somos o fruto do tempo
Que de momento a momento
Do tempo se apropriou.
Viver enquanto se é novo
Diz-nos o sábio povo
É um viver diferente
Daquele que já na velhice
Comporta a grande chatice
Da idade decadente.
Somos seres experientes
Ousados, inteligentes
Que enfrentámos a vida
Contra/ventos e marés
Surgidos aos nossos pés
De cabeça bem erguida.
Vai para mais de dois anos
Que pouco nos encontramos
A Covid não deixou
Menos ativa agora
Relação humana melhora
A "tempestade" amainou.
Foram os confinamentos
Vacinações, contra/tempos
Com perda de muitas vidas
Alastrou por todo o mundo
Constrangimento profundo
E tantas dores soridas.
Agora, daqui prá frente
Ficamos na espectativa
Que a Covid se ausente
De forma definitiva.
Mas um mal nunca vem só
Sabeis bem, e mete dó
Quase de forma instantânea
Um Putine prepotente
Surpreendeu toda a gente
Levando a guerra à Ucrânia.
Sem qualquer estranheza
Recordamos, com certeza
Os bons momentos vividos
Sem Covid e sem guerra
Cada qual na sua terra
Disso não estamos esquecidos.
Minha mensagem final
A todos feliz Natal
Com saúde e muito amor
Que a guerra acabe depressa
É o que mais interessa
Já basta de tanto horror.
Carmindo Ramos
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