quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Improviso para urgência...

Este veneno
infecta a alma
não há sangue
que o conduza
entre os vários sentidos
é quase uma pré-existência
um projecto de destinos interrogados
e sempre inviáveis
este veneno pede a picada da eternidade
nos teus lábios ausentes
uma implosão de metáforas
entre rios de lavas
que nenhuma margem contém
este veneno
tem o princípio activo de um poema
escrito a fogo na porta sempre fechada
da tua loucura.

Ademar

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