Estás cada vez mais ao meu gosto.
Maria José Meireles
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Modo de vida...
Esforça-te muito
para poderes servir bem
o teu patrão
este será rico
e assim pode servir
todos os caprichos
da sua fútil mulher
e dos seus filhos inúteis
tu terás uma vida sem prazer
e conseguirás ser ninguém.
Maria José Meireles
para poderes servir bem
o teu patrão
este será rico
e assim pode servir
todos os caprichos
da sua fútil mulher
e dos seus filhos inúteis
tu terás uma vida sem prazer
e conseguirás ser ninguém.
Maria José Meireles
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Rosto...
Por não ser cego
viu o sorriso
contrastar
com o olhar
e ficou assombrado
ao saber
tanta alegria
e tanta tristeza
caberem
no mesmo rosto
ao mesmo tempo.
Maria José Meireles
viu o sorriso
contrastar
com o olhar
e ficou assombrado
ao saber
tanta alegria
e tanta tristeza
caberem
no mesmo rosto
ao mesmo tempo.
Maria José Meireles
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Noite...
Hoje
quis ser cega
e surda
para poder caber
no mundo
para que as palavras
e até os silêncios
não me mutilassem a alma
ou então
simplesmente morrer
para poder descansar.
Maria José Meireles
quis ser cega
e surda
para poder caber
no mundo
para que as palavras
e até os silêncios
não me mutilassem a alma
ou então
simplesmente morrer
para poder descansar.
Maria José Meireles
domingo, 25 de setembro de 2011
Anseio
Vincent van Gogh pintava as árvores tão grandes que elas iam além das estrelas. As estrelas eram pequenas, o Sol e a Lua eram pequenos e as àrvores eram imensas... Alguém perguntou a ele: "Você é maluco? Por que nunca pára de pintar as árvores tão grandes? A estrela mais longínqua fica a milhões de anos-luz e as suas árvores sempre vão além das estrelas! Que maluquice é essa?"
E Van Gogh riu e disse: "Eu sei! Mas sei de outra coisa também, da qual você não se dá conta. As árvores são os anseios da terra para transcender as estrelas. Eu estou pintando os anseios, não as árvores. Estou mais preocupado com a fonte, não com o objetivo. É irrelevante se elas alcançam as estrelas ou não. Eu pertenço a terra e compreendo o anseio da terra. Esse é o anseio da terra expresso através das árvores - ir além das estrelas."
E Van Gogh riu e disse: "Eu sei! Mas sei de outra coisa também, da qual você não se dá conta. As árvores são os anseios da terra para transcender as estrelas. Eu estou pintando os anseios, não as árvores. Estou mais preocupado com a fonte, não com o objetivo. É irrelevante se elas alcançam as estrelas ou não. Eu pertenço a terra e compreendo o anseio da terra. Esse é o anseio da terra expresso através das árvores - ir além das estrelas."
Meia Noite em Paris...
Disse:
casar é pior
do que ir ao cinema.
Viu Meia Noite em Paris
salvou o dia
e salvou a vida.
Maria José Meireles
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Pensamento do dia...
Enquanto houver um louco, um poeta e um amante haverá sonho, amor e fantasia. E enquanto houver sonho, amor e fantasia, haverá esperança.
William Shakespeare
William Shakespeare
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Pensamento do dia...
Quando quero ser diferente de mim apenas consigo ser infeliz.
Maria José Meireles
Maria José Meireles
Pensamento do dia...
Não quero ganhar mais dinheiro para não ficar mais longe dos pobres.
Maria José Meireles
Maria José Meireles
terça-feira, 20 de setembro de 2011
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Dissertação sobre o poema “Puma Bartolomeu Júpiter” *
O poema transcende as leis da Física, despojando-as da sua
rigorosa exactidão.
O átomo de carbono tem quatro valências.
Uma para o amor, que se dissolve no sexo, como muito bem
demonstrou Puma Bartolomeu Júpiter, perante uma assembleia,
interessada em saber coisas inúteis.
Outra é a do sexo, que se dissolve no corpo, postulado que
carece de demonstração.
A terceira é a do corpo, que se dissolve na morte, a única
que, pela sua volúvel imprevisibilidade, escapa à
compreensão dos cientistas, assim como não foi possível
encontrar a fórmula quântica para calcular a dimensão do prazer,
ficando esta grandeza incluída nas coisas incomensuráveis,
o que a remete para uma indecifrável e infinita dimensão cósmica.
A última, a quarta, é o próprio poema, que na sua intangibilidade,
se dissolve a si próprio, para que a Física não entre em transgressão
com a eternidade da matéria.
Alexandre de Castro
*Poema de André Domingues
retirado do Alpendre da Lua
domingo, 18 de setembro de 2011
sábado, 17 de setembro de 2011
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Quotidiano...
Todos os dias
o Sol nasce
e eu nem vejo
todos os dias
o Sol se põe
e eu nem apareço
todos os dias
a água corre no regato
e eu nem sequer a ouço
todos os dias
na brisa
sei que existes
e todas as noites
as estrelas sabem esperar.
Maria José Meireles
o Sol nasce
e eu nem vejo
todos os dias
o Sol se põe
e eu nem apareço
todos os dias
a água corre no regato
e eu nem sequer a ouço
todos os dias
na brisa
sei que existes
e todas as noites
as estrelas sabem esperar.
Maria José Meireles
ODE AO FUTURO
Olhares furtivos ao passado, presente e futuro.
Um passado guardado na memória do esquecimento,
uma esperança desejada,
um encontro antecipado,
uma vida procurada,
a felicidade perdida
o amor sempre ao lado.
Aquele amor nascido,
que tu desconhecias,
vivido que ignoravas,
sentido como sonhavas,
realizado como imaginavas.
Na alameda aveludada de amor
protegida por estátuas da Liberdade
Amedrontada por Adamastores,
caminham os nossos espíritos
unidos na felicidade
na alegria e no amor
brincando de mãos dadas
indiferentes aos ventos críticos
às tempestades anunciadas
e às intempéries esperadas.
No horizonte raios de luz dourada
passam entre brumas
aquecem os corações
brincam com as almas
dão vida aos campos de flores
contagiam-se de Liberdade
Amedrontam os Adamastores
Vencem com amor.
Indiferentes a tudo
vão cantando
rindo
brincando
vivendo
olhando
amando
ao longo da grande alameda.
Cada vez mais unidos
deleitam-se nos campos de
papoilas
bem-me-queres
orquídeas
rosas
salpicos de orvalho prateados de doçura
bebendo o mel
doce do amor.
O Sol continua a beijá-los de frescura
a gotejá-los de felicidade
a cobri-los de ternura.
Agora caminham de mãos dadas
pela estrada fora
rebolam no veludo perfumado de amor
saboreiam o mundo
sonham no imaginário
Unem-se no fim.
... e juntos cantam a felicidade
amam a vida
beijam-se com deleite
Sentem o amor.
José Rito
Um passado guardado na memória do esquecimento,
uma esperança desejada,
um encontro antecipado,
uma vida procurada,
a felicidade perdida
o amor sempre ao lado.
Aquele amor nascido,
que tu desconhecias,
vivido que ignoravas,
sentido como sonhavas,
realizado como imaginavas.
Na alameda aveludada de amor
protegida por estátuas da Liberdade
Amedrontada por Adamastores,
caminham os nossos espíritos
unidos na felicidade
na alegria e no amor
brincando de mãos dadas
indiferentes aos ventos críticos
às tempestades anunciadas
e às intempéries esperadas.
No horizonte raios de luz dourada
passam entre brumas
aquecem os corações
brincam com as almas
dão vida aos campos de flores
contagiam-se de Liberdade
Amedrontam os Adamastores
Vencem com amor.
Indiferentes a tudo
vão cantando
rindo
brincando
vivendo
olhando
amando
ao longo da grande alameda.
Cada vez mais unidos
deleitam-se nos campos de
papoilas
bem-me-queres
orquídeas
rosas
salpicos de orvalho prateados de doçura
bebendo o mel
doce do amor.
O Sol continua a beijá-los de frescura
a gotejá-los de felicidade
a cobri-los de ternura.
Agora caminham de mãos dadas
pela estrada fora
rebolam no veludo perfumado de amor
saboreiam o mundo
sonham no imaginário
Unem-se no fim.
... e juntos cantam a felicidade
amam a vida
beijam-se com deleite
Sentem o amor.
José Rito
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Três tempos...
Primeiro
riu cobardemente
segundo
riu assumidamente
terceiro
percebeu...
Maria José Meireles
riu cobardemente
segundo
riu assumidamente
terceiro
percebeu...
Maria José Meireles
terça-feira, 13 de setembro de 2011
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Pensamento do dia...
Há momentos que nunca mais lembram e outros que nunca mais esquecem.
Maria José Meireles
Maria José Meireles
domingo, 11 de setembro de 2011
sábado, 10 de setembro de 2011
Fantasia...
Obedeço
a todas as tuas ordens
todos os teus caprichos
todos os teus desejos
(até os que desconheces
e eu adivinho)
com o maior prazer
porque me descobri
e é para isso que sirvo
para te servir.
Maria José Meireles
a todas as tuas ordens
todos os teus caprichos
todos os teus desejos
(até os que desconheces
e eu adivinho)
com o maior prazer
porque me descobri
e é para isso que sirvo
para te servir.
Maria José Meireles
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
É talvez o último dia da minha vida.
É talvez o último dia da minha vida.
Saudei o Sol, levantando a mão direita,
Mas não o saudei, dizendo-lhe adeus,
Fiz sinal de gostar de o ver antes: mais nada.
Alberto Caeiro
Saudei o Sol, levantando a mão direita,
Mas não o saudei, dizendo-lhe adeus,
Fiz sinal de gostar de o ver antes: mais nada.
Alberto Caeiro
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Sabedoria...
Ela disse:
todo o homem procura
quem lhe esvazie o corpo
e encha a alma.
Maria José Meireles
todo o homem procura
quem lhe esvazie o corpo
e encha a alma.
Maria José Meireles
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Brincar...
Brincar com ideias
e ficar preso
de corpo e alma
até ao limite
o eterno descanso.
Maria José Meireles
e ficar preso
de corpo e alma
até ao limite
o eterno descanso.
Maria José Meireles
Pensamento do dia...
Há muitas maneiras sérias de não dizer nada, mas só a poesia é verdadeira.
Manoel de Barros
Manoel de Barros
domingo, 4 de setembro de 2011
Pensamento do dia...
Quanto mais conheço o Homem, mais me quero só (e menos consigo).
Maria José Meireles
Maria José Meireles
Sê
Se não puderes ser um pinheiro, no topo de uma colina,
Sê um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.
Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas.
Pablo Neruda
Sê um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.
Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas.
Pablo Neruda
sábado, 3 de setembro de 2011
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Dois arco-íris...
Pensei-me só
a contemplar o céu
cinzento ao por do sol
em metamorfose
de cores e formas
pensei oferecer-mo
por combinar comigo
mas ela estava atenta
e tive de o repartir
ainda assim
ela viu apenas um
dos dois arco-íris.
Maria José Meireles
a contemplar o céu
cinzento ao por do sol
em metamorfose
de cores e formas
pensei oferecer-mo
por combinar comigo
mas ela estava atenta
e tive de o repartir
ainda assim
ela viu apenas um
dos dois arco-íris.
Maria José Meireles
Subscrever:
Mensagens (Atom)