Qualquer fracasso
íntimo e significativo
é um bom ponto de apoio
para reerguer o Mundo.
A alavanca,
o instinto de sobrevivência.
Maria José Meireles
sábado, 30 de março de 2013
Filosofia
Construo o pensamento aos pedaços: cada
ideia que ponho em cima da mesa, é uma parte do
que penso; e ao ver como cada fragmento se
torna um todo, volto a parti-lo, para evitar
conclusões.
Nuno Júdice, Pedro Lembrando Inês
ideia que ponho em cima da mesa, é uma parte do
que penso; e ao ver como cada fragmento se
torna um todo, volto a parti-lo, para evitar
conclusões.
Nuno Júdice, Pedro Lembrando Inês
sexta-feira, 29 de março de 2013
OSWALDO MONTENEGRO { BANDOLINS
Como fosse um par que
Nessa valsa triste
Se desenvolvesse
Ao som dos Bandolins...
E como não?
E por que não dizer
Que o mundo respirava mais
Se ela apertava assim
Seu colo como
Se não fosse um tempo
Em que já fosse impróprio
Se dançar assim
Ela teimou e enfrentou
O mundo
Se rodopiando ao som
Dos bandolins...
Como fosse um lar
Seu corpo a valsa triste
Iluminava e a noite
Caminhava assim
E como um par
O vento e a madrugada
Iluminavam a fada
Do meu botequim...
Valsando como valsa
Uma criança
Que entra na roda
A noite tá no fim
Ela valsando
Só na madrugada
Se julgando amada
Ao som dos Bandolins...
Oswaldo Montenegro
quinta-feira, 28 de março de 2013
quarta-feira, 27 de março de 2013
segunda-feira, 25 de março de 2013
domingo, 24 de março de 2013
É, meu bem...
Quero-te
bem
mais
do que a mim
chegaste na hora
certa
estou
no meu melhor.
Maria José Meireles
sexta-feira, 22 de março de 2013
quinta-feira, 21 de março de 2013
A PÚRPURA DOS DIAS
falar-te-ei de como se erguem
em flor as sementes,
de como o luar pode desfazer
a solidão de um nome
e atirar-nos para o lugar das mãos.
em flor as sementes,
de como o luar pode desfazer
a solidão de um nome
e atirar-nos para o lugar das mãos.
ao longe, a púrpura dos dias,
do ar respirado, da vida
que não pára de bater
em cada grão de terra
-nas tuas mãos, o meu
coração de lã e o frio
que não mais te tocará
por ser possível ser-se feliz.
Vasco Gato
in «Um Mover de Mão», p. 13
Assírio & Alvim, Lisboa, 2000
(Muito obrigada Patrícia)
Poesia...
Essa casa
sem janelas
nem portas
nem paredes
esse vazio
que me abriga
que me acolhe
e me protege
até de mim.
Maria José Meireles
sem janelas
nem portas
nem paredes
esse vazio
que me abriga
que me acolhe
e me protege
até de mim.
Maria José Meireles
quarta-feira, 20 de março de 2013
sábado, 16 de março de 2013
quinta-feira, 14 de março de 2013
Quando penso Viajo...
As minhas viagens pelo interior da paisagem e das estações da Vida,
ajudam-me a coabitar com os medos de aquém e além mar, assim como do
repelente imaginário das vísceras do ser humano.
Brinco sempre que posso nos intervalos da minha Existência, faço dentro e fora pequenos grandes registos da floresta de cimento das cidades, e das pessoas em decomposição acelerada.
Assisto, se posso em cima de um imaginário palco entre o mar dos sentidos e do pensar.
Sou espectador, mas com atenção afinada para os circuitos sensoriais da Vida no Planeta azul esverdeado, do bicho-homem e dos seres-vivos.
Por vezes, olho para as nuvens escutando as árias dos querubins terrestres na linha do horizonte do nosso canto salgado.
Sinto-me vezes sem conta, transportado para voos de paixões com imensa graça dos sentidos, da poesia da Vida, e da minha Alma em constante viagem fora de mim e dos outros.
Se puderes, salga isto e toma-lhe o gosto.
Nada é mais importante do que os sabores que passam pela boca e pelas palavras do coração, que bate sobre o ritmo da Vida Humana e de outras vidas aqui sentidas.
ajoVê
Brinco sempre que posso nos intervalos da minha Existência, faço dentro e fora pequenos grandes registos da floresta de cimento das cidades, e das pessoas em decomposição acelerada.
Assisto, se posso em cima de um imaginário palco entre o mar dos sentidos e do pensar.
Sou espectador, mas com atenção afinada para os circuitos sensoriais da Vida no Planeta azul esverdeado, do bicho-homem e dos seres-vivos.
Por vezes, olho para as nuvens escutando as árias dos querubins terrestres na linha do horizonte do nosso canto salgado.
Sinto-me vezes sem conta, transportado para voos de paixões com imensa graça dos sentidos, da poesia da Vida, e da minha Alma em constante viagem fora de mim e dos outros.
Se puderes, salga isto e toma-lhe o gosto.
Nada é mais importante do que os sabores que passam pela boca e pelas palavras do coração, que bate sobre o ritmo da Vida Humana e de outras vidas aqui sentidas.
ajoVê
quarta-feira, 13 de março de 2013
A utilidade da filosofia, por Marilena Chauí.
Se abandonar a ingenuidade e os preconceitos do senso comum for útil; se não se deixar guiar pela submissão às idéias dominantes e aos poderes estabelecidos for útil; se buscar compreender a significação do mundo, da cultura, da história for útil; se conhecer o sentido das criações humanas nas artes, nas ciências e na política for útil; se dar a cada um de nós e à nossa sociedade os meios para serem conscientes de si e de suas ações numa prática que deseja a liberdade e a felicidade para todos for útil, então podemos dizer que a Filosofia é o mais útil de todos os saberes de que os seres humanos são capazes.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. Editora Ática, São Paulo, 2000. Pg 17.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. Editora Ática, São Paulo, 2000. Pg 17.
terça-feira, 12 de março de 2013
Dizes-me grande...
Dizes
que devo temer
500 inimigos
e eu digo
que um falso amigo
tem mais valor.
Dizes-me grande
e eu digo
o que vês, é apenas
a ponta do dedo grade
do meu pé.
Maria José Meireles
que devo temer
500 inimigos
e eu digo
que um falso amigo
tem mais valor.
Dizes-me grande
e eu digo
o que vês, é apenas
a ponta do dedo grade
do meu pé.
Maria José Meireles
segunda-feira, 11 de março de 2013
sábado, 9 de março de 2013
QUANTO MAIS CONHEÇO O CÃO, MAIS DETESTO O BICHO-HOMEM
Amigo de cão adopta, não compra, não vende, ele oferece-se por um naco de atenção, porque fala com o olhar, e tanto o bicho como a gente o entende, na China, em África ou em qualquer parte do Planeta onde existam seres-vivos, domésticos e selvagens!
Ele guarda, protege e entrega-se quando seu tutor sofre na solidão das horas de ponta e mola que a Vida lhe consome.
A maior parte do tempo, olha a realidade na direção do céu, quando lhe faltam afectos e cumplicidades entre ele e o seu amigo mais próximo, o bicho-Homem.
Estes pensamentos surgiram quando me encontrava entre milhares de pessoas, na Praça do Comércio em Lisboa.
Fazendo uma pesquisa visual à minha volta, eis que avisto um cão olhando-me fixamente, ou questionando com a expressão do seu rosto, a razão da sua presença neste lugar.
Aproximei-me dele sem receio, dei-lhe a cheirar a minha mão e pouco depois, acabei usando os meus dedos suavemente sobre a sua cabeça. Fechou os olhos e deixou-se transportar para outros lugares, os da intuição e dos afectos, com sabor aos caramelos dos Arcos de Valdevez, cidade do distrito de Braga.
Quando acabei de lhe fazer o miminho com sabor a caramelo dos Arcos, abriu os olhos. Foi nessa altura que registei o seu olhar, para lembrar e estender a todos os seres-vivos que olham o cão como Amigo, companheiro dos bons e dos maus momentos e Anjo da Guarda dos seus protectores.
Não o podia ajudar muito, porque a comunicação que consigo entre ele e eu, baseia-se no cruzamento ou entroncamento do nosso olhar, dos nossos gestos através da expressão corporal de cada um de Nós e na química do elo mais forte sem palavras, que existe entre Eu e Ele.
Ter respostas para estas situações até nem é muito difícil, mas compreender as razões que levam milhares de pessoas a dizer “que quanto mais conheço os governantes do passado e do presente, mais gosto do meu cão", torna-se uma triste realidade na sociedade portuguesa, no presente século dos abutres e de todas as espécies de cangalheiros políticos.
Será que Eu poderia acrescentar ou sugerir mais alguma ideia, a acontecimentos desta e de outras naturezas de cariz animal e social?
Penso que sim. Perguntem ao Pedro Abrunhosa, "O que é que devemos fazer?"
Talvez ele vos responda, talvez ele tenha dificuldade de ver, (o que aos meus olhos foi uma dádiva de natureza animal e humana do espírito que em Nós habita), porque as lentes que o Pedro usa dentro e fora do palco, não são nem para ver ao perto nem ao longe. Queres saber a razão desta constatação dos meus botões de punho pensante?
Chega cá a orelhinha (pensadora) que nos facilita compreender o que acima afirmo: - as lentes que usa desde que "Sei quem ele é...", são para decorar o rosto, esconder as meninas dos seus olhos, e criar a distância entre ele e a Alma do seu semelhante.
Por hoje, fico onde estou, amanhã, logo se verá...
ajoVê
sexta-feira, 8 de março de 2013
quarta-feira, 6 de março de 2013
O BICHO
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
Etiquetas:
Poema que um Aluno partilhou comigo hoje...
terça-feira, 5 de março de 2013
Fantástica...
Hoje
apenas hoje
se me dizes fantástica
quero-me fantástica
sem sinais secretos
(para mim e para os meus
que não me pertencem)
na Caixa de Pandora.
Hoje
apenas hoje
que os papagaios são mais bonitos
iluminam o meu caminho
e me protegem... até de mim.
Maria José Meireles
apenas hoje
se me dizes fantástica
quero-me fantástica
sem sinais secretos
(para mim e para os meus
que não me pertencem)
na Caixa de Pandora.
Hoje
apenas hoje
que os papagaios são mais bonitos
iluminam o meu caminho
e me protegem... até de mim.
Maria José Meireles
Improviso bipolar…
Entre o fogo e a cinza
entre a nascente e a foz
entre o dia e a noite
entre o instinto e a ternura
entre a presença e a ausência
o sim e o não
entre a culpa e o arrependimento
entre a verdade e a mentira
entre a estátua e a vida
entre a lágrima e o grito
o sim e o não
entre a paz e a guerra
entre a solidão e a multidão
entre o dever e o prazer
entre a fome e o enjoo
entre a coragem e a cobardia
o sim e o não
entre a espera e a viagem
entre a energia e o cansaço
entre a certeza e a dúvida
entre a vertigem e a dedicação
entre a liberdade e o carácter
o sim e o não
entre as duas faces de Juno
entre as duas margens do silêncio
entre dois abraços e duas urgências
entre dois compromissos
entre duas exigências
entre duas paixões
o sim e o não
sempre.
Ademar
entre a nascente e a foz
entre o dia e a noite
entre o instinto e a ternura
entre a presença e a ausência
o sim e o não
entre a culpa e o arrependimento
entre a verdade e a mentira
entre a estátua e a vida
entre a lágrima e o grito
o sim e o não
entre a paz e a guerra
entre a solidão e a multidão
entre o dever e o prazer
entre a fome e o enjoo
entre a coragem e a cobardia
o sim e o não
entre a espera e a viagem
entre a energia e o cansaço
entre a certeza e a dúvida
entre a vertigem e a dedicação
entre a liberdade e o carácter
o sim e o não
entre as duas faces de Juno
entre as duas margens do silêncio
entre dois abraços e duas urgências
entre dois compromissos
entre duas exigências
entre duas paixões
o sim e o não
sempre.
Ademar
segunda-feira, 4 de março de 2013
Improviso sobre a verdade e a mentira…
Há verdades
que eu prefiro ignorar
há verdades que me magoam mais
do que a mentira
há mentiras
que não acrescentam nem retiram nada
à verdade do que somos
e do que queremos
e há verdades que nos esmagam
como insultos
verdades que derramam egoísmo
e violência
e que apenas nos pacificam
com o espelho moral do umbigo
quando a verdade me mata
prefiro sobreviver na mentira.
Ademar
que eu prefiro ignorar
há verdades que me magoam mais
do que a mentira
há mentiras
que não acrescentam nem retiram nada
à verdade do que somos
e do que queremos
e há verdades que nos esmagam
como insultos
verdades que derramam egoísmo
e violência
e que apenas nos pacificam
com o espelho moral do umbigo
quando a verdade me mata
prefiro sobreviver na mentira.
Ademar
domingo, 3 de março de 2013
Música...
Primeiro
era apenas um instrumento
depois outro e mais outro
a música tornou-se muito intensa
e então o silêncio teve lugar.
Não temas, eu estou aqui.
Maria José Meireles
sábado, 2 de março de 2013
sexta-feira, 1 de março de 2013
Subscrever:
Mensagens (Atom)