sábado, 9 de março de 2013

QUANTO MAIS CONHEÇO O CÃO, MAIS DETESTO O BICHO-HOMEM


Amigo de cão adopta, não compra, não vende, ele oferece-se por um naco de atenção, porque fala com o olhar, e tanto o bicho como a gente o entende, na China, em África ou em qualquer parte do Planeta onde existam seres-vivos, domésticos e selvagens!

Ele guarda, protege e entrega-se quando seu tutor sofre na solidão das horas de ponta e mola que a Vida lhe consome.

A maior parte do tempo, olha a realidade na direção do céu, quando lhe faltam afectos e cumplicidades entre ele e o seu amigo mais próximo, o bicho-Homem.

Estes pensamentos surgiram quando me encontrava entre milhares de pessoas, na Praça do Comércio em Lisboa.

Fazendo uma pesquisa visual à minha volta, eis que avisto um cão olhando-me fixamente, ou questionando com a expressão do seu rosto, a razão da sua presença neste lugar.

Aproximei-me dele sem receio, dei-lhe a cheirar a minha mão e pouco depois, acabei usando os meus dedos suavemente sobre a sua cabeça. Fechou os olhos e deixou-se transportar para outros lugares, os da intuição e dos afectos, com sabor aos caramelos dos Arcos de Valdevez, cidade do distrito de Braga.
Quando acabei de lhe fazer o miminho com sabor a caramelo dos Arcos, abriu os olhos. Foi nessa altura que registei o seu olhar, para lembrar e estender a todos os seres-vivos que olham o cão como Amigo, companheiro dos bons e dos maus momentos e Anjo da Guarda dos seus protectores.

Não o podia ajudar muito, porque a comunicação que consigo entre ele e eu, baseia-se no cruzamento ou entroncamento do nosso olhar, dos nossos gestos através da expressão corporal de cada um de Nós e na química do elo mais forte sem palavras, que existe entre Eu e Ele.

Ter respostas para estas situações até nem é muito difícil, mas compreender as razões que levam milhares de pessoas a dizer “que quanto mais conheço os governantes do passado e do presente, mais gosto do meu cão", torna-se uma triste realidade na sociedade portuguesa, no presente século dos abutres e de todas as espécies de cangalheiros políticos.

Será que Eu poderia acrescentar ou sugerir mais alguma ideia, a acontecimentos desta e de outras naturezas de cariz animal e social?

Penso que sim. Perguntem ao Pedro Abrunhosa, "O que é que devemos fazer?"

Talvez ele vos responda, talvez ele tenha dificuldade de ver, (o que aos meus olhos foi uma dádiva de natureza animal e humana do espírito que em Nós habita), porque as lentes que o Pedro usa dentro e fora do palco, não são nem para ver ao perto nem ao longe. Queres saber a razão desta constatação dos meus botões de punho pensante?

Chega cá a orelhinha (pensadora) que nos facilita compreender o que acima afirmo: - as lentes que usa desde que "Sei quem ele é...", são para decorar o rosto, esconder as meninas dos seus olhos, e criar a distância entre ele e a Alma do seu semelhante.

Por hoje, fico onde estou, amanhã, logo se verá...

ajoVê

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