No 25 de Abril,
vieram-me à memória as lágrimas do cidadão trabalhador, do reformado e do
desempregado do meu país do passado/presente. Tudo piora até à última gota de
sangue da Esperança Verde-rubro. De tudo se apropriam em nome dos cravos, dos
compadrios, dos amigos, dos familiares e dos militantes do farelo
rosa/alaranjado/rosa. Tem sido este o rosário alternado de encenações de
pornografia democrática.
Ao passear meus
pés pelos caminhos do desespero das pessoas acima referenciadas, ouvi a voz de
um jarro na flor da idade, desperto para as emoções e as meninas dos meus olhos.
Cruzamos sabores e amuos da pandilha que se tem governado do inocente cidadão
comum desde o 25 de Abril de 1974, quando olho o jarro nos olhos da sua brancura
em folha, eis que toma a dianteira e me pergunta em surdina: - Quando será
comemorado o Dia dos Jarros?
Como calculas, pedi à ironia e ao sentimento que respondesse por mim.
ajoVê
Sem comentários:
Enviar um comentário