sexta-feira, 29 de novembro de 2013
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
Até que a morte nos una...
Há palavras
que nem o tempo
nem o vento
me levam.
Maria José Meireles
que nem o tempo
nem o vento
me levam.
Maria José Meireles
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Fragmento de bondade,
Leonard Cohen
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
À Beira de Água
Estive sempre sentado nesta pedra
escutando, por assim dizer, o silêncio.
Ou no lago cair um fiozinho de água.
O lago é o tanque daquela idade
em que não tinha o coração
magoado. (Porque o amor, perdoa dizê-lo,
dói tanto! Todo o amor. Até o nosso,
tão feito de privação.) Estou onde
sempre estive: à beira de ser água.
Envelhecendo no rumor da bica
por onde corre apenas o silêncio.
Eugénio de Andrade
escutando, por assim dizer, o silêncio.
Ou no lago cair um fiozinho de água.
O lago é o tanque daquela idade
em que não tinha o coração
magoado. (Porque o amor, perdoa dizê-lo,
dói tanto! Todo o amor. Até o nosso,
tão feito de privação.) Estou onde
sempre estive: à beira de ser água.
Envelhecendo no rumor da bica
por onde corre apenas o silêncio.
Eugénio de Andrade
sábado, 23 de novembro de 2013
Se alguém souber quem é, agradeço
Na semana romana de 2013, deambulava pelas ruas onde se passavam os eventos da cidade de Braga, e dou com esta menina e os seus cisnes amestrados a preparar-los para o espectáculo.
Fiz meia dúzia de fotos, e solicitou-me se as podia enviar.
Não me fiz rogado e dei-lhe o número do tlm para ela me enviar o e-mail.
Até à data d´hoje nada sei. Se houver alguém que a conheça, dê-lhe o lamiré e logo, que tenha tempo e disponibilidade envio as fotos.
São algumas, umas melhores outras assim assim...
Abraço e BFSemana
para todos que visitam e convivem com Fragmentos de Bondade
Ajovê
Fiz meia dúzia de fotos, e solicitou-me se as podia enviar.
Não me fiz rogado e dei-lhe o número do tlm para ela me enviar o e-mail.
Até à data d´hoje nada sei. Se houver alguém que a conheça, dê-lhe o lamiré e logo, que tenha tempo e disponibilidade envio as fotos.
São algumas, umas melhores outras assim assim...
Abraço e BFSemana
para todos que visitam e convivem com Fragmentos de Bondade
Ajovê
O Bem e o Mal
O Bem e o Mal são sempre subjectivos... e variam, espuriamente, com o tempo, com o lugar... e com os interesses, individuais ou colectivos.
A Justiça, não! - Mas apenas, e só!, no julgamento das crianças!
O.A.A.P.
Sem Tempo.
A Justiça, não! - Mas apenas, e só!, no julgamento das crianças!
O.A.A.P.
Sem Tempo.
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
Redacção – Declaração de Amor à Língua Portuguesa
«Tempo de exames no secundário, os meus netos pedem-me ajuda para estudar português. Divertimo-nos imenso, confesso. E eu acabei por escrever a redacção que eles gostariam de escrever. As palavras são minhas, mas as ideias são todas deles. Aqui ficam, e espero que vocês também se divirtam. E depois de rirmos espero que nós, adultos, façamos alguma coisa para libertar as crianças disto.
Redacção – Declaração de Amor à Língua Portuguesa
Vou chumbar a Língua Portuguesa, quase toda a turma vai chumbar, mas a gente está tão farta que já nem se importa. As aulas de português são um massacre. A professora? Coitada, até é simpática, o que a mandam ensinar é que não se aguenta. Por exemplo, isto: No ano passado, quando se dizia “ele está em casa”, ”em casa” era o complemento circunstancial de lugar. Agora é o predicativo do sujeito.”O Quim está na retrete” : “na retrete” é o predicativo do sujeito, tal e qual como se disséssemos “ela é bonita”. Bonita é uma característica dela, mas “na retrete” é característica dele? Meu Deus, a setôra também acha que não, mas passou a predicativo do sujeito, e agora o Quim que se dane, com a retrete colada ao rabo.
No ano passado havia complementos circunstanciais de tempo, modo, lugar etc., conforme se precisava. Mas agora desapareceram e só há o desgraçado de um “complemento oblíquo”. Julgávamos que era o simplex a funcionar: Pronto, é tudo “complemento oblíquo”, já está. Simples, não é? Mas qual, não há simplex nenhum,o que há é um complicómetro a complicar tudo de uma ponta a outra: há por exemplo verbos transitivos directos e indirectos, ou directos e indirectos ao mesmo tempo, há verbos de estado e verbos de evento,e os verbos de evento podem ser instantâneos ou prolongados, almoçar por exemplo é um verbo de evento prolongado (um bom almoço deve ter aperitivos, vários pratos e muitas sobremesas). E há verbos epistémicos, perceptivos, psicológicos e outros, há o tema e o rema, e deve haver coerência e relevância do tema com o rema; há o determinante e o modificador, o determinante possessivo pode ocorrer no modificador apositivo e as locuções coordenativas podem ocorrer em locuções contínuas correlativas. Estão a ver? E isto é só o princípio. Se eu disser: Algumas árvores secaram, ”algumas” é um quantificativo existencial, e a progressão temática de um texto pode ocorrer pela conversão do rema em tema do enunciado seguinte e assim sucessivamente.
No ano passado se disséssemos “O Zé não foi ao Porto”, era uma frase declarativa negativa. Agora a predicação apresenta um elemento de polaridade, e o enunciado é de polaridade negativa.
No ano passado, se disséssemos “A rapariga entrou em casa. Abriu a janela”, o sujeito de “abriu a janela” era ela,subentendido. Agora o sujeito é nulo. Porquê, se sabemos que continua a ser ela? Que aconteceu à pobre da rapariga? Evaporou-se no espaço?
A professora também anda aflita. Pelo vistos no ano passado ensinou coisas erradas, mas não foi culpa dela se agora mudaram tudo, embora a autora da gramática deste ano seja a mesma que fez a gramática do ano passado. Mas quem faz as gramáticas pode dizer ou desdizer o que quiser, quem chumba nos exames somos nós. É uma chatice. Ainda só estou no sétimo ano, sou bom aluno em tudo excepto em português,que odeio, vou ser cientista e astronauta, e tenho de gramar até ao 12º estas coisas que me recuso a aprender, porque as acho demasiado parvas. Por exemplo,o que acham de adjectivalização deverbal e deadjectival, pronomes com valor anafórico, catafórico ou deítico, classes e subclasses do modificador, signo linguístico, hiperonímia, hiponímia, holonímia, meronímia, modalidade epistémica, apreciativa e deôntica, discurso e interdiscurso, texto, cotexto, intertexto, hipotexto, metatatexto, prototexto, macroestruturas e microestruturas textuais, implicação e implicaturas conversacionais? Pois vou ter de decorar um dicionário inteirinho de palavrões assim. Palavrões por palavrões, eu sei dos bons, dos que ajudam a cuspir a raiva. Mas estes palavrões só são para esquecer, dão um trabalhão e depois não servem para nada, é sempre a mesma tralha, para não dizer outra palavra (a começar por t, com 6 letras e a acabar em “ampa”, isso mesmo, claro.)
Mas eu estou farto. Farto até de dar erros, porque me põem na frente frases cheias deles, excepto uma, para eu escolher a que está certa. Mesmo sem querer, às vezes memorizo com os olhos o que está errado, por exemplo: haviam duas flores no jardim. Ou : a gente vamos à rua. Puseram-me erros desses na frente tantas vezes que já quase me parecem certos. Deve ser por isso que os ministros também os dizem na televisão. E também já não suporto respostas de cruzinhas, parece o totoloto. Embora às vezes até se acerte ao calhas. Livros não se lê nenhum, só nos dão notícias de jornais e reportagens,ou pedaços de novelas. Estou careca de saber o que é o lead, parem de nos chatear. Nascemos curiosos e inteligentes, mas conseguem pôr-nos a detestar ler, detestar livros, detestar tudo. As redacções também são sempre sobre temas chatos, com um certo formato e um número certo de palavras. Só agora é que estou a escrever o que me apetece, porque já sei que de qualquer maneira vou ter zero. E pronto, que se lixe, acabei a redacção - agora parece que se escreve redação.O meu pai diz que é um disparate, e que o Brasil não tem culpa nenhuma, não nos quer impôr a sua norma nem tem sentimentos de superioridade em relação a nós, só porque é grande e nós somos pequenos. A culpa é toda nossa, diz o meu pai, somos muito burros e julgamos que se escrevermos ação e redação nos tornamos logo do tamanho do Brasil, como se nos puséssemos em cima de sapatos altos. Mas, como os sapatos não são nossos nem nos servem, andamos por aí aos trambolhões, a entortar os pés e a manquejar. E é bem feita, para não sermos burros.
E agora é mesmo o fim. Vou deitar a gramática na retrete, e quando a setôra me pe.rguntar: Ó João, onde está a tua gramática? Respondo: Está nula e subentendida na retrete, setôra, enfiei-a no predicativo do sujeito.
João Abelhudo, 8º ano, setôra, sem ofensa para si, que até é simpática.»
Redacção – Declaração de Amor à Língua Portuguesa
Vou chumbar a Língua Portuguesa, quase toda a turma vai chumbar, mas a gente está tão farta que já nem se importa. As aulas de português são um massacre. A professora? Coitada, até é simpática, o que a mandam ensinar é que não se aguenta. Por exemplo, isto: No ano passado, quando se dizia “ele está em casa”, ”em casa” era o complemento circunstancial de lugar. Agora é o predicativo do sujeito.”O Quim está na retrete” : “na retrete” é o predicativo do sujeito, tal e qual como se disséssemos “ela é bonita”. Bonita é uma característica dela, mas “na retrete” é característica dele? Meu Deus, a setôra também acha que não, mas passou a predicativo do sujeito, e agora o Quim que se dane, com a retrete colada ao rabo.
No ano passado havia complementos circunstanciais de tempo, modo, lugar etc., conforme se precisava. Mas agora desapareceram e só há o desgraçado de um “complemento oblíquo”. Julgávamos que era o simplex a funcionar: Pronto, é tudo “complemento oblíquo”, já está. Simples, não é? Mas qual, não há simplex nenhum,o que há é um complicómetro a complicar tudo de uma ponta a outra: há por exemplo verbos transitivos directos e indirectos, ou directos e indirectos ao mesmo tempo, há verbos de estado e verbos de evento,e os verbos de evento podem ser instantâneos ou prolongados, almoçar por exemplo é um verbo de evento prolongado (um bom almoço deve ter aperitivos, vários pratos e muitas sobremesas). E há verbos epistémicos, perceptivos, psicológicos e outros, há o tema e o rema, e deve haver coerência e relevância do tema com o rema; há o determinante e o modificador, o determinante possessivo pode ocorrer no modificador apositivo e as locuções coordenativas podem ocorrer em locuções contínuas correlativas. Estão a ver? E isto é só o princípio. Se eu disser: Algumas árvores secaram, ”algumas” é um quantificativo existencial, e a progressão temática de um texto pode ocorrer pela conversão do rema em tema do enunciado seguinte e assim sucessivamente.
No ano passado se disséssemos “O Zé não foi ao Porto”, era uma frase declarativa negativa. Agora a predicação apresenta um elemento de polaridade, e o enunciado é de polaridade negativa.
No ano passado, se disséssemos “A rapariga entrou em casa. Abriu a janela”, o sujeito de “abriu a janela” era ela,subentendido. Agora o sujeito é nulo. Porquê, se sabemos que continua a ser ela? Que aconteceu à pobre da rapariga? Evaporou-se no espaço?
A professora também anda aflita. Pelo vistos no ano passado ensinou coisas erradas, mas não foi culpa dela se agora mudaram tudo, embora a autora da gramática deste ano seja a mesma que fez a gramática do ano passado. Mas quem faz as gramáticas pode dizer ou desdizer o que quiser, quem chumba nos exames somos nós. É uma chatice. Ainda só estou no sétimo ano, sou bom aluno em tudo excepto em português,que odeio, vou ser cientista e astronauta, e tenho de gramar até ao 12º estas coisas que me recuso a aprender, porque as acho demasiado parvas. Por exemplo,o que acham de adjectivalização deverbal e deadjectival, pronomes com valor anafórico, catafórico ou deítico, classes e subclasses do modificador, signo linguístico, hiperonímia, hiponímia, holonímia, meronímia, modalidade epistémica, apreciativa e deôntica, discurso e interdiscurso, texto, cotexto, intertexto, hipotexto, metatatexto, prototexto, macroestruturas e microestruturas textuais, implicação e implicaturas conversacionais? Pois vou ter de decorar um dicionário inteirinho de palavrões assim. Palavrões por palavrões, eu sei dos bons, dos que ajudam a cuspir a raiva. Mas estes palavrões só são para esquecer, dão um trabalhão e depois não servem para nada, é sempre a mesma tralha, para não dizer outra palavra (a começar por t, com 6 letras e a acabar em “ampa”, isso mesmo, claro.)
Mas eu estou farto. Farto até de dar erros, porque me põem na frente frases cheias deles, excepto uma, para eu escolher a que está certa. Mesmo sem querer, às vezes memorizo com os olhos o que está errado, por exemplo: haviam duas flores no jardim. Ou : a gente vamos à rua. Puseram-me erros desses na frente tantas vezes que já quase me parecem certos. Deve ser por isso que os ministros também os dizem na televisão. E também já não suporto respostas de cruzinhas, parece o totoloto. Embora às vezes até se acerte ao calhas. Livros não se lê nenhum, só nos dão notícias de jornais e reportagens,ou pedaços de novelas. Estou careca de saber o que é o lead, parem de nos chatear. Nascemos curiosos e inteligentes, mas conseguem pôr-nos a detestar ler, detestar livros, detestar tudo. As redacções também são sempre sobre temas chatos, com um certo formato e um número certo de palavras. Só agora é que estou a escrever o que me apetece, porque já sei que de qualquer maneira vou ter zero. E pronto, que se lixe, acabei a redacção - agora parece que se escreve redação.O meu pai diz que é um disparate, e que o Brasil não tem culpa nenhuma, não nos quer impôr a sua norma nem tem sentimentos de superioridade em relação a nós, só porque é grande e nós somos pequenos. A culpa é toda nossa, diz o meu pai, somos muito burros e julgamos que se escrevermos ação e redação nos tornamos logo do tamanho do Brasil, como se nos puséssemos em cima de sapatos altos. Mas, como os sapatos não são nossos nem nos servem, andamos por aí aos trambolhões, a entortar os pés e a manquejar. E é bem feita, para não sermos burros.
E agora é mesmo o fim. Vou deitar a gramática na retrete, e quando a setôra me pe.rguntar: Ó João, onde está a tua gramática? Respondo: Está nula e subentendida na retrete, setôra, enfiei-a no predicativo do sujeito.
João Abelhudo, 8º ano, setôra, sem ofensa para si, que até é simpática.»
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Escola,
Olímpio A. Alegre Pinto
terça-feira, 19 de novembro de 2013
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
sábado, 16 de novembro de 2013
Pensamento do dia...
Felizes os que trabalham de dia e choram de noite porque emagrecem.
Maria José Meireles
Maria José Meireles
Pensamento do dia...
Há um caminho seguro para chegar a qualquer coração: o Amor.
Concepcion Arenal.
Concepcion Arenal.
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
HACHI
São olhares
como este, que me deixam a pensar...
Hachi é o nome de um cão, o oitavo do nascimento, número considerado da sorte e da felicidade no Japão. Foi comprado e enviado para a América. Pelo caminho extraviou-se. O cão como era de uma linhagem com mais de 4.000 anos, conseguiu abrir a casota onde vinha e começou a deambular pelas ruas da cidade, até escolher um dono.
À
saída da estação de comboios ia a passar um professor de música do
conservatório da cidade, e o cão não mais o largou. Tentou dissuadi-lo a
procurar outro dono, até que junto do chefe da estação pediu-lhe que tomasse
conta dele. Como ele recusou viu-se na contingência de o levar para casa.
Sabendo
que a esposa tinha no passado recente, por uma enorme tristeza com o
desaparecimento do cão de casa, meteu-o (sem nada lhe dizer), na garagem num
caixote de papelão. Naturalmente o cão como era de uma inteligência acima da
média, a meia da noite já se encontrava no quarto do casal. A esposa quando se
levantou para ir à casa de banho, teve um grande susto ao ver o inocente cão
todo rim pimpão ir na sua direcção. O marido tentou acalma-la, sem contudo a
dissuadir de não aceitar o cão em casa.
Foi
quando a filha visitava os pais, a mãe observando da janela pai e filha
divertidíssimos com o cão, acabou por aceitá-lo. Todos os dias o cão
acompanhava o novo dono até à estação dos comboios e depois deambulava pela
cidade. Toda a gente o conhecia e um minuto antes de o combóio chegar, já o
Hachi estava filado à porta da estação dos comboios, à espera do dono.
Um
dia o Hachi entregou uma bola de ténis com que brincava ao dono. Ele ficou
admirado, porque normalmente o cão nunca se interessava em a entregar. Nesse
dia o Hachi teimou várias vezes com o dono para atirar com a bola e ele
trazia-a, o que o deixou admirado. Quando se encontrava a trabalhar com os seus
alunos contou-lhes o facto, logo depois sentou-se ao lado de um deles, olhou
para ele, e pouco tempo depois morreu.
O
Hachi até morrer fizesse calor ou caísse neve, não deixou de à hora certa
procurar o dono na estação. A população local tentou vezes sem conta demovê-lo
de continuar à espera do dono, mas nunca saiu do local de espera durante quase
vinte anos, onde veio a morreu em frente à estação dos comboios coberto de
neve. Até parece que estou a vê-lo sonhar com a imagem do dono, dar os últimos
suspiros no ano de 1934, e despedir-se do mundo dos vivos. Não escondo que as
lágrimas vermelhas de tristeza, profundas e densas deslizarem pelo meu rosto,
ao escrever a história comovente do Hachi.
A
população local perante o sentimento de persistência, abnegação e amor do cão
pelo dono, acabou por angariar dinheiro e perpectuar a história do Hachi,
erguendo uma estátua de bronze em frente da estação dos comboios e na sua
cidade natal, Sichuva, Japão.
Porque
reescrevi a história do Hachi? Tudo começou num dia em que deambulava e
fotografava por montes e vales do Verde e do Minho, me deparei com uma cadela
abandonada. Ela olhava para mim com um ar tão carente, esfomeada, cheia de
desilusões e enganos, que tentei de todas as maneiras e formas para vir comigo.
Ainda hoje me interrogo vezes sem conta, por que razão a cadela rejeitou ajuda,
e esperar serenamente a morte. 2013-11-14
NOTA:
A ortografia está de acordo com a história do meu passado.
ajoVê
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
A meus Amigos... E a meus Amores
O que se encontra na Vida, pode ser efémero, ou pode ser permanente! - É uma questão da Mente.
O que se perde na Vida, perde-se para sempre! - É uma questão do Tempo.
O que fica da Vida, não pertence à Mente, nem ao Tempo! - Pertence só ao Coração tremente! - Só!, somente!!
Olímpio António Alegre Pinto
Sem Tempo
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
domingo, 10 de novembro de 2013
sábado, 9 de novembro de 2013
2Kapa Sindrome
O jornalista e detective de informação científica Dois
Kapa, português, em serviço na Comunidade Europeia em Bruxelas, solicitou-me
que enviasse esta informação ao maior número de portugueses a viver em
Portugal.
As informações são deveras dramáticas e muito
perigosas para a saúde da maioria dos portugueses. É importante saber o que se
está a passar em Portugal, em matéria de saúde e governação, nos tempos que
correm (na direcção do cemitério mais próximo).
08/11/2013 - 12:32
O especialista em saúde pública Constantino
Sakellarides disse esta sexta-feira, que o ministro da Saúde Paulo Macedo,
corre o risco de sofrer de síndrome de Estocolmo (achar graça aos carcereiros),
e defendeu que este deve recusar na União Europeia mais cortes no sector,
avança a agência Lusa, citada pelo SAPO Saúde.
Durante a sua intervenção no VI Fórum Nacional sobre a
Gestão do Medicamento em Meio Hospitalar “Acesso à Inovação”, Constantino
Sakellarides denunciou aquilo que classificou de “teatro sistémico” e que
consiste nos condicionantes que levam os governos, a minimizar os sinais da
crise na saúde.
O também presidente da Associação Europeia de Saúde
Pública (AESP), ao debruçar-se sobre o que resultou da crise e do ajustamento
financeiro na área da saúde, concluiu que “o sistema politico não aprendeu
nada”.
Constantino Sakellarides enumerou várias evidências
que apontam para efeitos práticos da crise na saúde dos portugueses, as quais
lamentou que não sejam interpretados como tal pelos governantes.
A este propósito, enumerou um inquérito numa unidade
local de saúde, o qual identificou metade dos profissionais com a percepção de
que os problemas do foro mental tinham aumentado entre 2011 e 2012.
De uma forma mais precisa, Sakellarides deu conta de
registos médicos que apontavam para o aumento dos casos de depressão (mais 30
por cento) e de tentativas de suicídio (mais 35 a 50 por cento).
“Aqui a evidência ainda é maior, porque agora já não é
só a percepção dos profissionais, mas sim registos das unidades de saúde”,
disse. Outro dado apontado refere-se a uma Unidade de Saúde Familiar (USF) que
terá identificado nos seus utentes 16,5 por cento que deixaram de ir a uma
consulta, fazer um tratamento ou tomar medicamentos por razões económicas.
Estas terão sido as mesmas razões para 11,9 por cento
dos inquiridos desta USF terem deixado de fazer uma das refeições que
anteriormente fazia.
Constantino Sakellarides considera que existem outros
sinais, como as recaídas no consumo de heroína que triplicaram entre 2010 e
2012, que não deviam ser ignorados pelo governo e, a esse propósito,
questionou: “Uma pessoa tão inteligente como Paulo Macedo não sabe isso?”.
“Estamos condicionados por um teatro de regras
rigorosas”, disse, lamentando a dificuldade no acesso a informação –
determinante para a tomada acertada de decisões – espelhada num despacho que
“restringe o acesso à informação” (nº 9635/2013).
Para o antigo director-geral da Saúde, o ministro da
Saúde português tem “a obrigação moral de, junto dos seus colegas ministros da
União Europeia, apresentar um relatório sobre os efeitos da crise na saúde e
dizer que não podemos ter cortes mais na saúde.
“Só assim poderá tentar ultrapassar o grande teatro”,
disse, concluindo que, se não o fizer, Paulo
Macedo “corre o grave risco de sofrer o síndrome de Estocolmo: achar graça aos
seus carcereiros”.
2Kapa
(informação do detective de jornalismo científico Dois Kapa, em serviço na Comunidade Europeia, em Bruxelas.)
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
Arte eterna
Ninfa ou musa, efeito magnético da química da Arte para o sentir, para o viver na cidade e no campo?
Desabafo em trânsito…
Não sei pintar as cores da Vida, mas pintei vezes sem conta a colcha do Sonho, que me alimenta os parágrafos da existência. Não sei compor temas musicais do universo, mas não estou longe do coração das artes e dos voos da imaginação do Homem do passado/presente.
ajoVê
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
domingo, 3 de novembro de 2013
"Humanitatis"...
O que mais ofende, não é o insulto! - Mas a injustiça!
O que mais premeia, não é o elogio! - Mas o reconhecimento!
O que mais une, não é a religião! - Mas o ódio!
O que mais separa, não é a ideologia! - Mas a inveja!
O que mais atrai, não é a vitória! - Mas o combate!
O que mais magoa, não é a derrota! - Mas a deslealdade!
O que mais eleva, não é a fama! - Mas a sabedoria!
O que mais destrói, não é a guerra! - Mas a crueldade!
O que mais arrebata, não é a paixão! - Mas o Amor!
Só há três palavras Mágicas!
- A primeira é - Mãe!
- A terceira é - Porquê?
Sem Tempo.
sábado, 2 de novembro de 2013
Guerreira terna...
Já não sonha
com o euromilhões
agora tem sonhos belos
e brinca
como brincam as crianças.
Maria José Meireles
com o euromilhões
agora tem sonhos belos
e brinca
como brincam as crianças.
Maria José Meireles
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
Improviso para renegar a lua partida ao meio...
Nessa casa a que me conduziste
só havia mulheres e fêmeas
disseste
aqui
estão as mulheres
que já só aspiram a ser cortejadas
além
as fêmeas que se oferecem ainda
ao desejo
escolhe a sala e a circunstância
e entre o espelho e o corpo
serei a tua amante indecisa
não entrei.
Ademar
só havia mulheres e fêmeas
disseste
aqui
estão as mulheres
que já só aspiram a ser cortejadas
além
as fêmeas que se oferecem ainda
ao desejo
escolhe a sala e a circunstância
e entre o espelho e o corpo
serei a tua amante indecisa
não entrei.
Ademar
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