quarta-feira, 30 de dezembro de 2015
quarta-feira, 23 de dezembro de 2015
Um desejo de Natal que desejo todos os dias…
Não um Natal qualquer, mas um Natal de todos os dias!
Quero que a chuva ou o vento que me roubam o sol da manhã e me batem na vidraça,
Levem para bem longe os cheiros e sabores incertos que ofuscam os aromas desta quadra!
Levem para bem longe os cheiros e sabores incertos que ofuscam os aromas desta quadra!
Quero poder pousar a alma de mansinho
E ter esperança num pequeno raio de sol
Que se solta e amavelmente me aquece.
Quero poder abraçar cada segundo dessa luz
E dissipá-la pelos quatro cantos do mundo,
Por mim, por ti e por todos!
E ter esperança num pequeno raio de sol
Que se solta e amavelmente me aquece.
Quero poder abraçar cada segundo dessa luz
E dissipá-la pelos quatro cantos do mundo,
Por mim, por ti e por todos!
Para que possamos ter a força do mar
E com ondas do bem derrubar o mal.
Porque Natal é ter música no coração!
É ter amor! É ter paz!
É viver e ajudar a viver!
Todos os dias!
E com ondas do bem derrubar o mal.
Porque Natal é ter música no coração!
É ter amor! É ter paz!
É viver e ajudar a viver!
Todos os dias!
Quero um Natal!
Não um Natal qualquer, mas um Natal para todos os dias!
Não um Natal qualquer, mas um Natal para todos os dias!
Cristina Martins
sábado, 19 de dezembro de 2015
sexta-feira, 11 de dezembro de 2015
quarta-feira, 9 de dezembro de 2015
Improviso para futurar...
Nasci hoje outra vez
e já não caibo no berço
apenas sei gritar ainda
para que todos me ouçam
quando as luzes se apagam
e já nem a lua me aconchega
no altar da eternidade
nenhum espelho
conta as viagens que ainda farei
nenhuma memória
hoje dou-me lírios apenas
e rosas também
apenas para que saibas
que já não caibo no berço
onde me adormeces.
Ademar
e já não caibo no berço
apenas sei gritar ainda
para que todos me ouçam
quando as luzes se apagam
e já nem a lua me aconchega
no altar da eternidade
nenhum espelho
conta as viagens que ainda farei
nenhuma memória
hoje dou-me lírios apenas
e rosas também
apenas para que saibas
que já não caibo no berço
onde me adormeces.
Ademar
segunda-feira, 7 de dezembro de 2015
Pequeno Poema
Quando eu nasci,
ficou tudo como estava.
Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu
nem houve estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.
As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...
para que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha mãe.
ficou tudo como estava.
Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu
nem houve estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.
As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...
para que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha mãe.
Sebastião da Gama, in 'Antologia Poética'
domingo, 6 de dezembro de 2015
sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
Improviso sobre uma tela desta noite…
As distâncias
enganam o olhar
e o pensamento
só as mãos tocam
a evidência de todas as coisas
que fingem existir.
Ademar
DEFINIÇÃO DO AMOR
É um nada Amor que pode tudo,
É um não se entender o avisado,
É um querer ser livre e estar atado,
É um julgar o parvo por sisudo;
É um parar os golpes sem escudo,
É um cuidar que é e estar trocado,
É um viver alegre e enfadado,
É não poder falar e não ser mudo;
É um engano claro e mui escuro,
É um não enxergar e estar vendo,
É um julgar por brando ao mais duro;
É um não querer dizer e estar dizendo,
É um no mor perigo estar seguro,
É, por fim, um não sei quê, que não entendo.
Anónimo
É um não se entender o avisado,
É um querer ser livre e estar atado,
É um julgar o parvo por sisudo;
É um parar os golpes sem escudo,
É um cuidar que é e estar trocado,
É um viver alegre e enfadado,
É não poder falar e não ser mudo;
É um engano claro e mui escuro,
É um não enxergar e estar vendo,
É um julgar por brando ao mais duro;
É um não querer dizer e estar dizendo,
É um no mor perigo estar seguro,
É, por fim, um não sei quê, que não entendo.
Anónimo
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Poema que um Aluno partilhou comigo hoje...
quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
quarta-feira, 2 de dezembro de 2015
Visão surrealista de Magrit
Zé Luís
Hoje ao ler a tua recolha de textos do Pessoa fizeste-me sentir tal como na música, esse magnânimo e delicioso deleite do sétimo céu da linguagem universal, que eleva o coração, jubila os cadinhos da emoção e da inteligência em favor da Humanidade.
Sabemos que a prosa poética só a beija quem por ela deseja ser beijado e hoje tudo isso me pareceu. OBRIGADO.
Como bem sabes a Arte exige uma liturgia, um ritual, que se prende com a fonte da dádiva e a aproximação ao seu semelhante.
A Arte da linguagem escrita atravessa o patamar mais sensível do nosso pensar tal como a pomba de Picasso na Guernica, torna-se visível em traços contínuos e descontínuos, denuncia, faz apelo, grita, e mostra a dor de milhões e o prazer de outros.
Foi muito interessante associares os problemas que o nosso Planeta está a passar sobre o excesso da temperatura e as consequências para o futuro dos nossos filhos e netos e a poesia de Pessoa na figura de Álvaro Campos.
Bem Hajas
Dez/2015
terça-feira, 1 de dezembro de 2015
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