Esta senhora engenheira
Tem pautado a sua vida
Pela turva e vil maneira
De a pobreza ser vencida.
Sua pobreza venceu
Loucamente enriqueceu
No aspecto mat'rial.
Mas maior mal registou
Mais pobre ainda ficou
Quanto ao conceito moral.
Petróleo e diamantes
São elementos presentes
Em toda a sua fortuna.
Com faca de ponta e mola
Os retirou de Angola
Na ocasião oportuna.
Altos cargos ocupou
Sonangol orientou
Subiu a sua visão.
E de que modo o fez
Duma maneira soez
A maldita corrupção.
Após seus golpes certeiros
Colocou os seus dinheiros
De certa forma em geral
Em empresas estrangeiras
Lucrativas, granjeeiras
E também em Portugal.
Com o papá Presidente
Viveu alegre e contente
Em Angola, a todo o gás.
Mas, Presidente deposto
Surgem rugas no seu rosto
Vê a vida andar pra trás.
D'Angola saiu às pressas
E nem sequer pediu meças
Para a Rússia se foi
A braços com a justiça
A Isabel fugidiça
Sabe o que aperta, dói!
Isabel tem muita astúcia
Antes de ir para a Rússia
Té passou por Portugal!
Para acautelar seus teres
Os seus bens, os seus haveres
O que não lhe fica mal.
A Bélinha é bonita
Muito jovem, expedita
Um tudinho pragmática.
E daí a circunstância
De vermos nesta abundância
A mais rica mulher d'África.
Carmindo Ramos
Sem comentários:
Enviar um comentário