domingo, 17 de maio de 2020

A MORTE DE VALENTINA

Com nove aninhos de idade
Sujeita à ferocidade
Da madrasta e de seu pai
Violência assassina
Mataram esta menina
Que assim tão cedo se vai.

Esta vítima indefesa
Sucumbiu à vil torpeza
De dois seres inferiores
Detentores de sentimentos
Tão macabros, tão nojentos
Não sei quais deles os piores.

O juiz bem entendeu
A prisão lhes prescreveu
Quando foram inquiridos
O processo a decorrer
Julgamento irá haver
Esperamos sejam punidos.

Sem indícios de brandura
Para memória futura
Uma exemplar punição.
Que a lei não se compadeça
De quem perdeu a cabeça
O amor e a razão.

Carmindo Ramos

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