sábado, 18 de maio de 2013

Dois Vinhos que brindam a uma grande Amizade...


Encontros com sabor a Vinho

Uma grande amizade só podia dar um grande vinho. Os produtores Luís Pato e José Bento dos Santos juntaram-se para trazer até nós um vinho único e emocional: o Pato D'Oiro.

Há muitos anos, dois colegas de curso no Instituto Superior Técnico, em Lisboa, iniciaram uma amizade que se foi reforçando até aos nossos dias. Curiosamente, ambos começaram a dedicar-se de corpo e alma, à produção de vinhos. Luís Pato, na Bairrada, e José Bento dos Santos, em Alenquer, foram gradual­mente ganhando notoriedade com as suas produções.

O primeiro pela paixão e luta que colocou na defesa da sua casta preferida, a Baga foi caminhando para a fama. O segundo tornou-se um incondicional e obsessivo admirador da casta Touriga Nacional. Pode dizer-se que, apesar da sua grande amizade, escolheram caminhos (castas) diferentes para dar corpo à sua outra paixão: o Vinho. Décadas mais tarde, a saudade e a emoção juntaram-nos a fim de prestar um tributo à amizade da for­ma que melhor sabia: um vinho com sabor a emoção, qualidade e amizade. Luís Pato, no seu campo argilo-calcário da Bairrada, foi à vinha velha da Barrosa (com mais de 90 anos) buscar a Baga. José Bento dos Santos foi à sua quinta (também de solos argilo-calcários) tirar, não a Touriga Nacio­nal que sempre o apaixonou, mas a Tin­ta Roriz. Juntaram 45% de cada uma destas castas e verificaram que um to­que de Syrah (10%) era ouro sobre azul sobre veludo do paladar mais exigente, para arredondar os sabores pela guela abaixo. Assim nasceu o Pato D'Oiro. A Baga estagiou 12 meses em pipos novos e usados de carvalho Allier e a Tinta Ro­riz e Syrah estagiou 14 meses em bar­ricas de carvalho francês, das quais 35% eram novas. Foi engarrafado meses mais tarde para o mercado, 1.600 gar­rafas de um vinho que se mostrou muito gastronómico e aquém do que eles esperavam.

Por brincadeira, dizem que juntaram os vinhos Vinha Barrosa 2010 (Luís Pato) e Tempera 2010 (José Bento dos Santos), mas o que eles não escondem é que este Pato D'Oiro, além de um gran­de vinho é também (e para eles acima de tudo) um símbolo da sua grande ami­zade. Brindemos com eles a amizade que nos trás sabores quentes ao paladar e novas emoções de se trabalhar a Baga, para produzir um Vinho excelente.

ajoVê

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