I
Troika malquista, danada
Deixa em paz nosso país.
Sois presença envenenada,
Cada vez temos mais crise.
II
Andam de pastas na mão,
Com seus olhares tenebrosos!
Vasculham o nosso Razão,
O Deve e o Haver pressurosos.
III
São como as sanguessugas,
Chupam-nos todo o tutano,
Ai de nós pobres portugas,
Ou eu muito me engano.
IV
Nas suas avaliações,
Ora boas, ora más,
A troika faz confuzões,
Mau ambiente nos traz.
V
A soldo do BCE
E do FMI,
E ainda da CE,
A troika anda por aí.
VI
Leva-nos couro e cabelo,
Põe-nos a pão e laranjas.
Exagerada no zelo,
Nossa mente fica em franjas.
VII
É um comité de três,
Que significa aliança:
E em cada dia ou mês,
Marca o compasso da dança,
VIII
Em termos da economia
Dos países quando em crise,
Determinando a via
Para travar o deslise,
IX
Sem olhar aos malefícios
Que daí possam brotar,
Troika é fria em exercícios,
Quem deve tem que pagar.
X
Seja a bem ou seja a mal,
Inquérito é gota a gota,
Nem que leve Portugal
Ao estigma da banca rota.
XI
Olho prós seus elementos,
Digo logo, sois dos frescos!
Porque os seus comportamentos
Teem aspectos vampirescos.
XII
É este o meu sentimento,
E o do comum cidadão,
Que vomita o que tem dentro!
Mais troika em Portugal? Não.
F I M
Por Carmindo Pereira Ramos
Braga, 8 de Maio de 2013
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