esse regresso
palavras que já mal acertam
o mapa do corpo distraído
o coração que bate ainda mais depressa
quando a noite demora
e o sangue fermenta
na fonte da vida
como se o tempo o engravidasse
de asas ainda voadoras
tantas esquinas
tantas portas e janelas por abrir
tantos buracos negros
em que se perde a dimensão
do desejo adormecido
brincas agora com um nome
que decompões devagar
e juntas partículas
sobre as teclas de um piano
quatro mãos
todo um território.
Ademar
"quatro mãos
ResponderEliminartodo um território"
Brilhante poema e música!
Lello.
Maravilhoso texto, maravilhoso blog...
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