Enquanto aluno, fiz muitos exames (na escola primária, no liceu e na universidade). Enquanto professor (no secundário), já elaborei provas para exame e já corrigi provas de exame, incluindo, provas de âmbito nacional. E até já tive duas alunas (não vou agora contar a história) que conseguiram, no exame de Direito do 12º ano... 21 valores (quando o máximo era...20). Digo isto apenas para que se entenda que, em matéria de exames, não sou propriamente um... treinador de bancada, um mero opinador. Mas também não tenho a pretensão de ser dono da... verdade. Porque, nestas matérias, a verdade é pessoal e intransmissível, cada um tem a sua.
Não pertenço, de resto, a nenhuma facção ou fracção ideológica. Os exames são, essencialmente, um instrumento político. E sempre foram e serão usados como tal. Se eu quiser facilitar a transição dos alunos... sei que tipo de exames deverei fazer. Como também sei... se, ao invés, quiser seleccionar e excluir. Os exames, em geral, não avaliam o que os alunos sabem e, muito menos, aquilo de que são capazes. Há conhecimentos e capacidades (e competências) que nenhuma prova de exame está em condições de avaliar. E o que fica de fora, muitas vezes, é o mais importante da formação de um ser humano - aquilo, precisamente, que distingue (espero que se perceba a metáfora) uma águia de um papagaio.
Sobre isto, já foram escritas em todo o mundo milhões de páginas. E há argumentos, razoáveis, até "científicos", para sustentar todas as teses, as favoráveis aos exames e as desfavoráveis.
Eu só costumo dizer, quando quero simplificar e atrapalhar a discussão, que se a qualidade da educação e do ensino dependesse dos exames... os problemas seriam fáceis de resolver. Púnhamos os alunos, desde o primeiro ciclo (ou até mesmo do pré-escolar) a fazer exames, exames, exames. Magicamente, em poucos anos, garantiríamos a qualidade das aprendizagens e da educação e o professor Nuno Crato, finalmente, seria feliz (e eu deixaria de ler e ouvir os seus queixumes)...
Sobra, apenas, um problemazinho: os países que mais acreditaram e investiram no poder miraculoso dos exames já perceberam que a solução deve estar noutro lado qualquer. A magia não resultou...
Não pertenço, de resto, a nenhuma facção ou fracção ideológica. Os exames são, essencialmente, um instrumento político. E sempre foram e serão usados como tal. Se eu quiser facilitar a transição dos alunos... sei que tipo de exames deverei fazer. Como também sei... se, ao invés, quiser seleccionar e excluir. Os exames, em geral, não avaliam o que os alunos sabem e, muito menos, aquilo de que são capazes. Há conhecimentos e capacidades (e competências) que nenhuma prova de exame está em condições de avaliar. E o que fica de fora, muitas vezes, é o mais importante da formação de um ser humano - aquilo, precisamente, que distingue (espero que se perceba a metáfora) uma águia de um papagaio.
Sobre isto, já foram escritas em todo o mundo milhões de páginas. E há argumentos, razoáveis, até "científicos", para sustentar todas as teses, as favoráveis aos exames e as desfavoráveis.
Eu só costumo dizer, quando quero simplificar e atrapalhar a discussão, que se a qualidade da educação e do ensino dependesse dos exames... os problemas seriam fáceis de resolver. Púnhamos os alunos, desde o primeiro ciclo (ou até mesmo do pré-escolar) a fazer exames, exames, exames. Magicamente, em poucos anos, garantiríamos a qualidade das aprendizagens e da educação e o professor Nuno Crato, finalmente, seria feliz (e eu deixaria de ler e ouvir os seus queixumes)...
Sobra, apenas, um problemazinho: os países que mais acreditaram e investiram no poder miraculoso dos exames já perceberam que a solução deve estar noutro lado qualquer. A magia não resultou...
Ademar Santos
Retirado de abnoxio
Sem duvida...bjs
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