É tão atarefada a nossa vida
É tão útil a nossa vida
Que dançamos desde o raiar do dia
De flor em flor, é uma vida sadia
O nosso uniforme é sempre igual
Preto e amarelo, grande visual
Obedecemos à rainha amada
Protegemo-la como uma armada
Não há ninguém que consiga
Fazer o mel ao som da cantiga
Aquele alimento que não estraga
É tão docinho, o palato não apaga
O prazer que sente quando o prova
Deixarmos de o fazer, uma ova.
A nossa labuta é diária
E nunca é precária
Temos liberdade de movimento
Voamos alegres com o vento
Procuramos as flores mais cheirosas
De tons vivos, muito airosas
A nossa colmeia é um templo
Que veneramos com exemplo
Trabalhamos em harmonia
Sem preguiça ou monotonia
Do trabalho sai o nosso alimento
Que cedemos com discernimento
Ao senhor que zela por nós
Desde o tempo dos seus avós.
Ana Paula Vaz Serra (28/03/2020)
Sem comentários:
Enviar um comentário