terça-feira, 7 de abril de 2020

Vontade que não morre

Sou mulher de palavras
Mas não as encontro sábias
Ao ponto de serem capazes
De exprimir o sentir
Que conforta e apazigua
Meus sentimentos inquietos
Porque ávidos e vorazes.

Também não as encontro intensas
Pois a pureza que o amor exige
Me leva à saudável exaustão
Em busca de uma simbiose
Que só almas elevadas
Conseguem alcançar
Para permanecerem em comunhão.

Só encontro palavras simples
Que ficam aquém
Do sentimento que me arrebata
Desde que me permiti dar-me
Porque te deste
Porque o teu coração é de ouro
E não de prata.

Tenho-te inteiro em mim
Albergo-te em minhas veias
Onde o sangue me corre
Onde viaja o amor
Que me invade e me amarra
À vontade de te amar
E essa não morre!

Ana Paula Vaz Serra (28/03/2020)

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