segunda-feira, 30 de julho de 2012

Quando morre um poeta

Quando morre um poeta
Morre um pouco da vida
Morre um pouco de nós.
Morre uma palavra dita
E mil que ficaram por dizer.

Morre um pouco da esperança
Do mundo ser ainda melhor
E de sermos melhores do que somos
E fazermos melhor o que tentamos fazer.

Quanto morre um poeta
Entristeço-me
Pois penso nos poemas
que deixarei de ouvir.

Mas onde morre um poeta,
Ah, lá devem nascer mais dez.

Carlos Cardoso

(escrito mesmo de improviso na emoção da notícia da perda de alguém que não conheceu, mas que era um poeta...)

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