sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Improviso místico...

Dessa janela de que me falas
vês o mar
e as algemas
e há vozes de crianças
que dançam a rotina das ondas
ignorando a tua condição de barco
ou de bóia
e todos os tédios servidos à mesa
de Tântalo
nas noites desabrigadas de luar
dessa janela de que me falas
vês o mar ou o que imaginas dele
e talvez na linha do horizonte
eu seja ainda o sol
que se ajoelha ao fim da tarde
para rezar a todos os deuses impossíveis.

Ademar

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