Recuso
beber do teu fel
que agora me serves
com requintes
de malvadez.
Maria José Meireles
quinta-feira, 31 de dezembro de 2020
quarta-feira, 30 de dezembro de 2020
Desamor...
Dizes
que tenho
que tenho
a verticalidade,
integridade
e dignidade
que nunca tiveste.
Dizes
Dizes
que me amas
e eu digo
que desamo
quem não se ame,
em primeiro lugar,
a si próprio.
Maria José Meireles
domingo, 27 de dezembro de 2020
E A VACINA CHEGOU...
A nossa maior riqueza
A saúde, com certeza
Ficará acautelada
Com a vinda da vacina
Contra a peste assassina,
Por todos tão esperada.
E a vacina chegou!
Toma-la por certo eu vou
E milhões de seres humanos
Em defesa da saúde
Já que com esta atitude
Mais segurança teremos.
Cientistas não pararam
Enquanto não encontraram
Resposta que tanto urgia
Produzindo a vacina
Que ficasse bem por cima
Contra esta pandemia.
Do saber nasceu a esperança
Fonte de grã confiança
Pra beber no dia a dia
Louvemos os cientistas
Doutorados em artistas
No Circo da Alegria.
Milhares e milhares de vidas
Neste mundo já perdidas
Foi um alto preço pago
Que de agora em diante
O que vier pela frente
Deixe de ser aziago.
Para termos liberdade
De viver com dignidade
Direitos fundamentais
Para equilíbrio da mente
Ao nível de toda a gente
Em tudo muito iguais.
Carmindo Ramos
A saúde, com certeza
Ficará acautelada
Com a vinda da vacina
Contra a peste assassina,
Por todos tão esperada.
E a vacina chegou!
Toma-la por certo eu vou
E milhões de seres humanos
Em defesa da saúde
Já que com esta atitude
Mais segurança teremos.
Cientistas não pararam
Enquanto não encontraram
Resposta que tanto urgia
Produzindo a vacina
Que ficasse bem por cima
Contra esta pandemia.
Do saber nasceu a esperança
Fonte de grã confiança
Pra beber no dia a dia
Louvemos os cientistas
Doutorados em artistas
No Circo da Alegria.
Milhares e milhares de vidas
Neste mundo já perdidas
Foi um alto preço pago
Que de agora em diante
O que vier pela frente
Deixe de ser aziago.
Para termos liberdade
De viver com dignidade
Direitos fundamentais
Para equilíbrio da mente
Ao nível de toda a gente
Em tudo muito iguais.
Carmindo Ramos
quinta-feira, 24 de dezembro de 2020
Há mulheres que trazem o mar nos olhos
Não pela corMas pela vastidão da alma
E trazem a poesia nos dedos e nos sorrisos
Ficam para além do tempo
Como se a maré nunca as levasse
Da praia onde foram felizes
Há mulheres que trazem o mar nos olhos
pela grandeza da imensidão da alma
pelo infinito modo como abarcam as coisas e os Homens...
Há mulheres que são maré em noites de tardes
e calma
ACCB
Adelina Barradas de Oliveira
sábado, 19 de dezembro de 2020
Hoje
a senhora do leite
por vós derramado
já não chora
pela remissão
dos pecados.
Maria José Meireles
a senhora do leite
por vós derramado
já não chora
pela remissão
dos pecados.
Maria José Meireles
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2018,
R.E.M.,
Rita Franchini Santilli
quinta-feira, 17 de dezembro de 2020
CANÇÃO
Sol nulo dos dias vãos,
Cheios de lida e de calma,
Aquece ao menos as mãos
A quem não entras na alma!
Que ao menos a mão, roçando
A mão que por ela passe,
Com externo calor brando
O frio da alma disfarce!
Senhor, já que a dor é nossa
E a fraqueza que ela tem,
Dá-nos ao menos a força
De a não mostrar a ninguém!
Fernando Pessoa
Cheios de lida e de calma,
Aquece ao menos as mãos
A quem não entras na alma!
Que ao menos a mão, roçando
A mão que por ela passe,
Com externo calor brando
O frio da alma disfarce!
Senhor, já que a dor é nossa
E a fraqueza que ela tem,
Dá-nos ao menos a força
De a não mostrar a ninguém!
Fernando Pessoa
terça-feira, 15 de dezembro de 2020
segunda-feira, 14 de dezembro de 2020
domingo, 29 de novembro de 2020
O Povo Culto
Os povos serão cultos na medida em que entre eles crescer o número dos que se negam a aceitar qualquer benefício dos que podem; dos que se mantêm sempre vigilantes em defesa dos oprimidos não porque tenham este ou aquele credo político, mas por isso mesmo, porque são oprimidos e neles se quebram as leis da Humanidade e da razão; dos que se levantam, sinceros e corajosos, ante as ordens injustas, não também porque saem de um dos campos em luta, mas por serem injustas; dos que acima de tudo defendem o direito de pensar e de ser digno.
Agostinho da Silva, in 'Diário de Alcestes'
Etiquetas:
Agostinho da Silva,
Rui Moura Baía
sábado, 28 de novembro de 2020
PRIORIDADES NA VACINAÇÃO CONTRA A COVID-19
Escrevo, já nem sei como
Duvido, até para quem!
Deito-me, não tenho sono
Fico a pensar no desdém
Que nutrem por seres humanos
Certas pessoas, eu sinto
Em causa, os veteranos
Com mais de setenta e cinco
Para a toma da vacina
Contra a peste assassina
Não têm prioridade
Os peritos decidiram
Prioridade retiram
Aos maiores daquela idade.
Terão de seguir critérios,
Mas com estes despautérios
Nem ao diabo lembraria
Ainda mais nesta altura
Em que se vive a agrura
Da terrível pandemia.
Carmindo Ramos
Duvido, até para quem!
Deito-me, não tenho sono
Fico a pensar no desdém
Que nutrem por seres humanos
Certas pessoas, eu sinto
Em causa, os veteranos
Com mais de setenta e cinco
Para a toma da vacina
Contra a peste assassina
Não têm prioridade
Os peritos decidiram
Prioridade retiram
Aos maiores daquela idade.
Terão de seguir critérios,
Mas com estes despautérios
Nem ao diabo lembraria
Ainda mais nesta altura
Em que se vive a agrura
Da terrível pandemia.
Carmindo Ramos
domingo, 22 de novembro de 2020
quarta-feira, 18 de novembro de 2020
sábado, 14 de novembro de 2020
domingo, 1 de novembro de 2020
Uma vida bem vivida
Cada dia que começa
É uma luz que se apressa
A iluminar o caminho
Que nós temos pela frente
Trilhado por toda a gente
Acompanhado ou sozinho.
Uma vida bem vivida
Seja curta ou comprida
Ainda a vida que for
Deverá sempre conter
No sorriso ou no sofrer
A presença do amor.
O amor, em cada vida
É como o sal na comida
Um tempero enriquecido
Praticando o amor
A vida tem mais valor
Não deve ser esquecido.
Havendo amor há perdão
Vivamos com ele então
Mas um amor de verdade
Porque sem amor viver
É vida para esquecer
Não contém felicidade.
Carmindo Ramos
É uma luz que se apressa
A iluminar o caminho
Que nós temos pela frente
Trilhado por toda a gente
Acompanhado ou sozinho.
Uma vida bem vivida
Seja curta ou comprida
Ainda a vida que for
Deverá sempre conter
No sorriso ou no sofrer
A presença do amor.
O amor, em cada vida
É como o sal na comida
Um tempero enriquecido
Praticando o amor
A vida tem mais valor
Não deve ser esquecido.
Havendo amor há perdão
Vivamos com ele então
Mas um amor de verdade
Porque sem amor viver
É vida para esquecer
Não contém felicidade.
Carmindo Ramos
sexta-feira, 30 de outubro de 2020
domingo, 25 de outubro de 2020
AS PEDRAS QUE OS MEUS PÉS PISAM
Quando o tempo me permite
E a saúde também
Dá-me logo apetite
De ir por aí além.
Caminhando, observando
De perto a Natureza
E o meu saber aumentando
Perante tanta beleza.
Eucaliptos ondulando
Vejo a cada momento
Parece que estão bailando
Mercê da acção do vento.
As pedras que os meus pés pisam
Caminhada a caminhada
Os meus órgãos equilibram
A saúde é reforçada.
Cantarei sempre este tema
Por saber que vale a pena
Nossa vida melhorar
Sendo uma mais valia
Cuidar dela dia-a-dia
Porque não a caminhar?
Carmindo Ramos
E a saúde também
Dá-me logo apetite
De ir por aí além.
Caminhando, observando
De perto a Natureza
E o meu saber aumentando
Perante tanta beleza.
Eucaliptos ondulando
Vejo a cada momento
Parece que estão bailando
Mercê da acção do vento.
As pedras que os meus pés pisam
Caminhada a caminhada
Os meus órgãos equilibram
A saúde é reforçada.
Cantarei sempre este tema
Por saber que vale a pena
Nossa vida melhorar
Sendo uma mais valia
Cuidar dela dia-a-dia
Porque não a caminhar?
Carmindo Ramos
sábado, 24 de outubro de 2020
Acomodados...
Todos
os aniversários
ele oferece
o mesmo presente
que ela coleciona
sem chegar a abrir.
Maria José Meireles
domingo, 18 de outubro de 2020
segunda-feira, 12 de outubro de 2020
terça-feira, 6 de outubro de 2020
Alquimia...
Por haver
infâncias
que ensinam
a sofrer
em silêncio
descubro-me
Alquimista.
domingo, 4 de outubro de 2020
OIÇO TANTA COISA DE VÓS
OIÇO TANTA COISA DE VÓS
que não oiço mais
do que ouvir,
vejo tanta coisa de vós
que não vejo mais
do que ver,
tanta coisa me assedia
com desconversa
que dou por mim a falar
como quem conversa,
que dou por mim
a falar como quem
fica em silêncio.
Eu vivo, forte.
Paul Celan
in A Morte É Uma Flor. Poemas do Espólio; trad. João Barrento, ed. Cotovia, 1998
que não oiço mais
do que ouvir,
vejo tanta coisa de vós
que não vejo mais
do que ver,
tanta coisa me assedia
com desconversa
que dou por mim a falar
como quem conversa,
que dou por mim
a falar como quem
fica em silêncio.
Eu vivo, forte.
Paul Celan
in A Morte É Uma Flor. Poemas do Espólio; trad. João Barrento, ed. Cotovia, 1998
UMA EMENTA SADIA
Se alguém me perguntasse
Sobre o que eu mais desejasse
Diria: saúde e paz
Regadas com muito amor
Para esmerar o sabor
Que a nós tanto bem nos faz.
Uma ementa sadia
Durante esta pandemia
Funesta realidade
Viveríamos melhor
Com saúde, em amor
E a paz da felicidade.
Prouvera a Deus que assim fosse
Uma existência mais doce
Na nossa sociedade
Para alcançarmos o nível
D'outrora, apetecível
O da tranquilidade.
Vamos então, cientistas
Encontrem nas vossas pistas
Aquela melhor vacina
Para nos assegurar
Que nos poderá livrar
Deste mal que abomina.
Carmindo Ramos
Sobre o que eu mais desejasse
Diria: saúde e paz
Regadas com muito amor
Para esmerar o sabor
Que a nós tanto bem nos faz.
Uma ementa sadia
Durante esta pandemia
Funesta realidade
Viveríamos melhor
Com saúde, em amor
E a paz da felicidade.
Prouvera a Deus que assim fosse
Uma existência mais doce
Na nossa sociedade
Para alcançarmos o nível
D'outrora, apetecível
O da tranquilidade.
Vamos então, cientistas
Encontrem nas vossas pistas
Aquela melhor vacina
Para nos assegurar
Que nos poderá livrar
Deste mal que abomina.
Carmindo Ramos
segunda-feira, 21 de setembro de 2020
Conselho
VAN GOGH, Cesto e Seis Maçãs (1887) |
Sê paciente;
espera que a palavra amadureça
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a mereça.
Eugénio de Andrade
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a mereça.
Eugénio de Andrade
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Van Gogh
sábado, 19 de setembro de 2020
quinta-feira, 17 de setembro de 2020
Miniatura
Pois eu gosto de crianças!
Já fui criança, também…
Já fui criança, também…
Não me lembro de o ter sido;
Mas só ver reproduzido
O que fui, sabe-me bem.
Mas só ver reproduzido
O que fui, sabe-me bem.
É como se de repente
A minha imagem mudasse
No cristal duma nascente,
E tudo o que sou voltasse
À pureza da semente.
Miguel Torga
Diário VIII , 1957
A minha imagem mudasse
No cristal duma nascente,
E tudo o que sou voltasse
À pureza da semente.
Miguel Torga
Diário VIII , 1957
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Miguel Torga
domingo, 13 de setembro de 2020
sexta-feira, 11 de setembro de 2020
Manifesto anti Dantas recitado por José de Almada Negreiros
"Portugal inteiro há-de abrir os olhos um dia, se é que a sua cegueira não é incurável, e então gritará comigo a meu lado a necessidade que Portugal tem de ser qualquer coisa de asseado."
quinta-feira, 10 de setembro de 2020
Minha amada
Minha amada
Tem longos cabelos
E mora perto do mar.
Tão longos seus cabelos
Que os vejo no ar.
São azuis no céu azul
Prateados ao luar.
Espraiam-se por colinas
Alcançadas por meu olhar
As folhas das árvores mexem
Se te estás a pentear.
Bem os vejo, bem os vejo
Não os posso afagar.
Alf. Set. / 2020
Tem longos cabelos
E mora perto do mar.
Tão longos seus cabelos
Que os vejo no ar.
São azuis no céu azul
Prateados ao luar.
Espraiam-se por colinas
Alcançadas por meu olhar
As folhas das árvores mexem
Se te estás a pentear.
Bem os vejo, bem os vejo
Não os posso afagar.
Alf. Set. / 2020
segunda-feira, 24 de agosto de 2020
sábado, 22 de agosto de 2020
terça-feira, 28 de julho de 2020
Coragem...
Dizes
que eu fugi
de ti
mas eu sei,
nós sabemos,
que não foi
por falta
de coragem.
Maria José Meireles
que eu fugi
de ti
mas eu sei,
nós sabemos,
que não foi
por falta
de coragem.
Maria José Meireles
terça-feira, 21 de julho de 2020
O poema
O poema me levará no tempo
Quando eu já não for eu
E passarei sozinha
Entre as mãos de quem lê
O poema alguém o dirá
Às searas
Sua passagem se confundirá
Com o rumor do mar com o passar do vento
O poema habitará
O espaço mais concreto e mais atento
No ar claro nas tardes transparentes
Suas sílabas redondas
(Ó antigas ó longas
Eternas tardes lisas)
Mesmo que eu morra o poema encontrará
Uma praia onde quebrar as suas ondas
E entre quatro paredes densas
De funda e devorada solidão
Alguém seu próprio ser confundirá
Com o poema no tempo
Sophia de Mello Breyner Andresen,
Livro Sexto
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Sophia de Mello Breyner Andresen
quarta-feira, 15 de julho de 2020
Acolhimento...
Dizes
apesar de sedado...
que foi este
o melhor
de todos
os dias
porque eu estive
contigo.
Maria José Meireles
apesar de sedado...
que foi este
o melhor
de todos
os dias
porque eu estive
contigo.
Maria José Meireles
domingo, 28 de junho de 2020
segunda-feira, 22 de junho de 2020
quinta-feira, 11 de junho de 2020
terça-feira, 9 de junho de 2020
sábado, 6 de junho de 2020
segunda-feira, 1 de junho de 2020
sexta-feira, 29 de maio de 2020
sábado, 23 de maio de 2020
Sem inspiração na rima
Devagar, passo-a-passo
Na escrita tenho embaraço
Sem inspiração na rima.
Como anteriormente tive
Mas ora com a Covid
O meu jeito pouco atina.
Está diferente este mundo
Da Corona todo imundo
E na Saúde inseguro.
O momento é de risco
Como antes nunca visto
Mui precário o futuro.
Com o deslizar do tempo
E as notícias no momento
De todo o Universo
Dão-nos para meditar
No que se irá passar
Lá por longe e cá por perto.
Oxalá que o calor
Nos traga vida melhor
E o vírus desapareça.
Que se descubra a vacina
Contra a doença assassina
E isso em breve aconteça.
Carmindo Ramos
Na escrita tenho embaraço
Sem inspiração na rima.
Como anteriormente tive
Mas ora com a Covid
O meu jeito pouco atina.
Está diferente este mundo
Da Corona todo imundo
E na Saúde inseguro.
O momento é de risco
Como antes nunca visto
Mui precário o futuro.
Com o deslizar do tempo
E as notícias no momento
De todo o Universo
Dão-nos para meditar
No que se irá passar
Lá por longe e cá por perto.
Oxalá que o calor
Nos traga vida melhor
E o vírus desapareça.
Que se descubra a vacina
Contra a doença assassina
E isso em breve aconteça.
Carmindo Ramos
quinta-feira, 21 de maio de 2020
Naquele moinho
Vou-me confinar
Naquele moinho…
Embalado
Com o cantar da água.
Dar passeios
Muito pensativos
E talvez talvez
Escrever poesia…
Gravada letra a letra
Na pedra da mó
Com a paciência
E a perícia dos antigos.
Que a Beleza venha
E a Harmonia.
Assim…
Meu olhar brilhará.
Pousado na terra,
Nesta vertiginosa
Corrida pelo espaço,
Olhando as estrelas
As minhas asas abrem
E voarei por ti
Para ti.
Alf 27 / Abr. / 2020
Naquele moinho…
Embalado
Com o cantar da água.
Dar passeios
Muito pensativos
E talvez talvez
Escrever poesia…
Gravada letra a letra
Na pedra da mó
Com a paciência
E a perícia dos antigos.
Que a Beleza venha
E a Harmonia.
Assim…
Meu olhar brilhará.
Pousado na terra,
Nesta vertiginosa
Corrida pelo espaço,
Olhando as estrelas
As minhas asas abrem
E voarei por ti
Para ti.
Alf 27 / Abr. / 2020
terça-feira, 19 de maio de 2020
segunda-feira, 18 de maio de 2020
“Numa folha em branco subo montanhas”
Quando escrevo
Em papel branco
Trepo um monte.
De lá de cima
Vejo a meus pés
O sol nascente
No horizonte.
Eu, um grão
Pousado neste planeta
Deste sistema solar.
Grão da Via Láctea
Desenhada em estrela-do-mar
De braços encurvados
A rodar a rodar
À volta de um buraco negro
Que lentamente a está
A sugar a sugar.
Via Láctea…
Grão no espaço
Interestelar
Irmã de tantas outras
Iguais umas, outras diferentes
Todas elas a afastar.
Ah!
Quem me dera ver
Uma chuva de meteoritos,
Uma Supernova a rebentar
Em mil cores e em luz
Dias e noites iluminar.
Tempos demasiado infinitos…
Não me calhou
Não me calhou ver
Em tão pouco viver.
Alf. Mai. / 2020
Em papel branco
Trepo um monte.
De lá de cima
Vejo a meus pés
O sol nascente
No horizonte.
Eu, um grão
Pousado neste planeta
Deste sistema solar.
Grão da Via Láctea
Desenhada em estrela-do-mar
De braços encurvados
A rodar a rodar
À volta de um buraco negro
Que lentamente a está
A sugar a sugar.
Via Láctea…
Grão no espaço
Interestelar
Irmã de tantas outras
Iguais umas, outras diferentes
Todas elas a afastar.
Ah!
Quem me dera ver
Uma chuva de meteoritos,
Uma Supernova a rebentar
Em mil cores e em luz
Dias e noites iluminar.
Tempos demasiado infinitos…
Não me calhou
Não me calhou ver
Em tão pouco viver.
Alf. Mai. / 2020
domingo, 17 de maio de 2020
A MORTE DE VALENTINA
Com nove aninhos de idade
Sujeita à ferocidade
Da madrasta e de seu pai
Violência assassina
Mataram esta menina
Que assim tão cedo se vai.
Esta vítima indefesa
Sucumbiu à vil torpeza
De dois seres inferiores
Detentores de sentimentos
Tão macabros, tão nojentos
Não sei quais deles os piores.
O juiz bem entendeu
A prisão lhes prescreveu
Quando foram inquiridos
O processo a decorrer
Julgamento irá haver
Esperamos sejam punidos.
Sem indícios de brandura
Para memória futura
Uma exemplar punição.
Que a lei não se compadeça
De quem perdeu a cabeça
O amor e a razão.
Sujeita à ferocidade
Da madrasta e de seu pai
Violência assassina
Mataram esta menina
Que assim tão cedo se vai.
Esta vítima indefesa
Sucumbiu à vil torpeza
De dois seres inferiores
Detentores de sentimentos
Tão macabros, tão nojentos
Não sei quais deles os piores.
O juiz bem entendeu
A prisão lhes prescreveu
Quando foram inquiridos
O processo a decorrer
Julgamento irá haver
Esperamos sejam punidos.
Sem indícios de brandura
Para memória futura
Uma exemplar punição.
Que a lei não se compadeça
De quem perdeu a cabeça
O amor e a razão.
Carmindo Ramos
segunda-feira, 4 de maio de 2020
domingo, 3 de maio de 2020
DIA DA MÃE
Vindo até vós, eu prometo
Produzir hoje um soneto
Lembrando aqui alguém.
Os bons filhos deverão
De alma e coração
Recordar a sua mãe.
Então:
Mesmo em confinamento
Alegre-mo-nos também
Por este belo momento
Hoje é o DIA DA MÃE.
Um nome doce, suave
Envolvido de candura
E que toda a gente sabe
Ser expressão de ternura.
Mês de maio, mês da flor
Raios de sol a surgir
No céu, em tons de anil.
MÃE! Tu és fonte d' amor
Coração nobre a sorrir
De teus filhos... beijos mil.
Carmindo Ramos
sábado, 2 de maio de 2020
sexta-feira, 1 de maio de 2020
quinta-feira, 30 de abril de 2020
quarta-feira, 29 de abril de 2020
terça-feira, 28 de abril de 2020
segunda-feira, 27 de abril de 2020
segunda-feira, 20 de abril de 2020
domingo, 19 de abril de 2020
sábado, 18 de abril de 2020
sexta-feira, 17 de abril de 2020
quinta-feira, 16 de abril de 2020
quarta-feira, 15 de abril de 2020
terça-feira, 14 de abril de 2020
segunda-feira, 13 de abril de 2020
domingo, 12 de abril de 2020
sábado, 11 de abril de 2020
sexta-feira, 10 de abril de 2020
quinta-feira, 9 de abril de 2020
quarta-feira, 8 de abril de 2020
terça-feira, 7 de abril de 2020
VIDA
Para mim, não peço vida
Aos mais novos a desejo
Mas acautelando a minha
Novos e velhos protejo.
Vida, vivida em amor
Um redobrado valor
A todos aconselhável.
A vida com mais prazer
Extensiva a cada ser
Num todo ser, responsável
Na procura dum caminho
Mais seguro, não sozinho
Da luz para prosseguirmos
Andando continuamente
Todos juntos, irmãmente
E a meta atingirmos
Ou seja, a da SAÚDE
Que nos dá felicidade
De grande amplitude
Para toda a humanidade.
Carmindo Ramos
Aos mais novos a desejo
Mas acautelando a minha
Novos e velhos protejo.
Vida, vivida em amor
Um redobrado valor
A todos aconselhável.
A vida com mais prazer
Extensiva a cada ser
Num todo ser, responsável
Na procura dum caminho
Mais seguro, não sozinho
Da luz para prosseguirmos
Andando continuamente
Todos juntos, irmãmente
E a meta atingirmos
Ou seja, a da SAÚDE
Que nos dá felicidade
De grande amplitude
Para toda a humanidade.
Carmindo Ramos
Vontade que não morre
Sou mulher de palavras
Mas não as encontro sábias
Ao ponto de serem capazes
De exprimir o sentir
Que conforta e apazigua
Meus sentimentos inquietos
Porque ávidos e vorazes.
Também não as encontro intensas
Pois a pureza que o amor exige
Me leva à saudável exaustão
Em busca de uma simbiose
Que só almas elevadas
Conseguem alcançar
Para permanecerem em comunhão.
Só encontro palavras simples
Que ficam aquém
Do sentimento que me arrebata
Desde que me permiti dar-me
Porque te deste
Porque o teu coração é de ouro
E não de prata.
Tenho-te inteiro em mim
Albergo-te em minhas veias
Onde o sangue me corre
Onde viaja o amor
Que me invade e me amarra
À vontade de te amar
E essa não morre!
Ana Paula Vaz Serra (28/03/2020)
Mas não as encontro sábias
Ao ponto de serem capazes
De exprimir o sentir
Que conforta e apazigua
Meus sentimentos inquietos
Porque ávidos e vorazes.
Também não as encontro intensas
Pois a pureza que o amor exige
Me leva à saudável exaustão
Em busca de uma simbiose
Que só almas elevadas
Conseguem alcançar
Para permanecerem em comunhão.
Só encontro palavras simples
Que ficam aquém
Do sentimento que me arrebata
Desde que me permiti dar-me
Porque te deste
Porque o teu coração é de ouro
E não de prata.
Tenho-te inteiro em mim
Albergo-te em minhas veias
Onde o sangue me corre
Onde viaja o amor
Que me invade e me amarra
À vontade de te amar
E essa não morre!
Ana Paula Vaz Serra (28/03/2020)
segunda-feira, 6 de abril de 2020
Se eu fosse…
Se eu fosse um camaleão
Rendia-me à hipocrisia desmesurada
Por ser rei na arte da dissimulação
Por ocupar o trono da mentira desvirtuada
Se eu fosse um camaleão
Vendia a minha alma
Aos que vivem na ilusão
De obter do altar a palma
Que ali foi devotamente colocada
Na esperança de despertar
A consciência há muito enforcada
Que teima em não despertar
Mas se eu fosse deveras um camaleão
Tornar-me-ia um guerreiro
Empunhava na minha mão
Forjada por um ferreiro
Uma espada lancinante
Capaz de destruir a falsidade
Do ser comum farsante
Capaz de repor a verdade
Ana Paula Vaz Serra (28/03/2020)
Rendia-me à hipocrisia desmesurada
Por ser rei na arte da dissimulação
Por ocupar o trono da mentira desvirtuada
Se eu fosse um camaleão
Vendia a minha alma
Aos que vivem na ilusão
De obter do altar a palma
Que ali foi devotamente colocada
Na esperança de despertar
A consciência há muito enforcada
Que teima em não despertar
Mas se eu fosse deveras um camaleão
Tornar-me-ia um guerreiro
Empunhava na minha mão
Forjada por um ferreiro
Uma espada lancinante
Capaz de destruir a falsidade
Do ser comum farsante
Capaz de repor a verdade
Ana Paula Vaz Serra (28/03/2020)
domingo, 5 de abril de 2020
O lápis que deixou de escrever…
O lápis que deixou de escrever cartas de amor
Viu vencido o seu desejo de ser correspondido
Nele jaz, bem fundo, o fulgor
Que um dia quis ver renascido
Das entranhas que definham
A cada dia que passa
Os seus sentidos adivinham
Um amanhã cheio de graça
Onde se observam notas musicais
Dançando ao som de belas sinfonias
Que fazem lembrar marchas nupciais
Enterrando as suas agonias.
Ana Paula Vaz Serra (28/03/2020)
Viu vencido o seu desejo de ser correspondido
Nele jaz, bem fundo, o fulgor
Que um dia quis ver renascido
Das entranhas que definham
A cada dia que passa
Os seus sentidos adivinham
Um amanhã cheio de graça
Onde se observam notas musicais
Dançando ao som de belas sinfonias
Que fazem lembrar marchas nupciais
Enterrando as suas agonias.
Ana Paula Vaz Serra (28/03/2020)
sábado, 4 de abril de 2020
Capuchinho vermelho
De súbito, Capuchinho vermelho
Saiu sem se olhar ao espelho
Levava no cesto a merendinha
À avó, enferma na sua caminha.
Pela floresta fora
Deleitava-se com a flora
Quando um cordeiro se acercou
E manhosamente a questionou:
- Onde vais tu, linda menina?
- Levar a merenda à minha avozinha
Que tomou penicilina
- Que bondosa que tu és
Já te sinto o gosto a meus pés
Agora deixo-te cumprir a tua missão
E desculpa a minha intromissão!
Pensando que estava em segurança
Capuchinho vermelho continuou o seu caminho
Inocente e cheia de esperança
Na sua companhia tinha um passarinho
Que do perigo a avisou
Mas ela não acreditou.
Lá ao longe já se desenhava
A casa de quem procurava
Quando à porta chegou
Estava aberta, logo entrou.
Que estranha doença
Teria deixado a avozinha
Sem conhecida parecença
Com a sua mãezinha?
No seu rosto um enorme nariz plantado
Dos olhos saíam faíscas de maldade
A boca era um enorme buraco escavado
Que vociferava palavras sem verdade
Cheia de medo, Capuchino Vermelho fugiu
Um caçador ali perto lhe acudiu
Disparou um tiro certeiro ao lobo
Caiu redondo no meio do lodo
Das suas entranhas renasceu a avozinha
Tão bonita, parecia uma rainha!
Ana Paula Vaz Serra (28/03/2020)
Saiu sem se olhar ao espelho
Levava no cesto a merendinha
À avó, enferma na sua caminha.
Pela floresta fora
Deleitava-se com a flora
Quando um cordeiro se acercou
E manhosamente a questionou:
- Onde vais tu, linda menina?
- Levar a merenda à minha avozinha
Que tomou penicilina
- Que bondosa que tu és
Já te sinto o gosto a meus pés
Agora deixo-te cumprir a tua missão
E desculpa a minha intromissão!
Pensando que estava em segurança
Capuchinho vermelho continuou o seu caminho
Inocente e cheia de esperança
Na sua companhia tinha um passarinho
Que do perigo a avisou
Mas ela não acreditou.
Lá ao longe já se desenhava
A casa de quem procurava
Quando à porta chegou
Estava aberta, logo entrou.
Que estranha doença
Teria deixado a avozinha
Sem conhecida parecença
Com a sua mãezinha?
No seu rosto um enorme nariz plantado
Dos olhos saíam faíscas de maldade
A boca era um enorme buraco escavado
Que vociferava palavras sem verdade
Cheia de medo, Capuchino Vermelho fugiu
Um caçador ali perto lhe acudiu
Disparou um tiro certeiro ao lobo
Caiu redondo no meio do lodo
Das suas entranhas renasceu a avozinha
Tão bonita, parecia uma rainha!
Ana Paula Vaz Serra (28/03/2020)
sexta-feira, 3 de abril de 2020
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