quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

pharmacia poética

uns tomam prozac. outros fazem plásticas.
eu ouço o ranger das portas.
uso pastilhas de som em grandes teatros
os meus colaboradores são os objetos.
por exemplo, batata não quer dizer fome
nem mesa, nem supermercado.
faz-me abrir a boca e vocalizar em a
é um acordeão de cantar.
quando deprimo uso a língua
as vogais são minhas aliadas
e as consoantes vivem em frascos de vidro
não junto palavras
não uso cintas
componho símbolos

maria azenha

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